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XII Semana da Europa 2016 trás filósofo italiano
Oda Paula Fernandes
Partindo do livro intitulado ‘Metafisica della Peste: colpa e destino’ (Metafísica da Peste: culpa e destino), o professor da Universidade de Florença, Sergio Givone, aborda o tema da doença endêmica sob um ponto de vista filosófico. A palestra será nesta quarta-feira (11.05), das 15h30 às 17h30, no auditório da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB), Campus Universitário Darcy Ribeiro. Entrada Franca.
Em um mundo cada vez mais marcado por epidemias e alarmes para a saúde humana, Givone questiona o significado do sofrimento, utilizando referências filosóficas e literárias desde os tempos antigos até os nossos dias.
Formado em Filosofia sob a orientação de Luigi Pareyson, Givone tem ensinado Estética em várias Universidades italianas. Atualmente é Professor Ordinário da Universidade de Florença, na qual ocupou também o cargo de Pró-Reitor. Colabora com alguns jornais italianos, como “La Repubblica” e “Micromega” e é também escritor de romances. Desde 2012 é o assessor para a Cultura do Município de Florença.
A base do estilo de pensamento do filósofo se desenvolveu a partir de uma original interpretação da lição hermenêutica e existencialista (em especial de Nietzsche, Heidegger e Pareyson). A concepção da filosofia têm um discurso que encontra seus conteúdos fora se si: na arte, no mito, na revelação religiosa. Fundamental, para a suas obras.
O pensamento de Givone revela ser, portanto, a interpretação atualmente em curso daqueles textos nos quais a arte e a religião chamam em causa a filosofia; por este caminho ele voltou a perguntar-se sobre o alcance do romantismo, reconhecendo naquele movimento a origem histórica de uma problematização do valor de verdade da experiência estética, que ainda hoje parece densa de implicações que não está de todo exaurida.
Givone, por fim, encontra um ponto de convergência de arte e religião na noção do “pensamento trágico”. Com este termo ele não pretende restabelecer uma visão heroica ou patética da existência, que não pode ser mais considerada como nossa, mas assinalar a atualidade de um pensamento que não recua frente ao caráter irredutivelmente enigmático do ser e do existir.
Obras
Entre seus livros destacamos (com o título em idioma original): Kant e la storia della filosofia (1972); Hybris e melancholia (1974); William Blake. Arte e religione (1978); Dostoevskij e la filosofia (1984); Storia dell’estetica (1988); Disincanto del mondo e pensiero tragico (1988); Storia del nulla (1995); Favola delle cose ultime (1998); Eros/Ethos (2000); Nel nome di un dio barbaro (2002); Prima lezione di estetica (2003); Il bibliotecario di Leibniz. Filosofia e romanzo (2005); Non c’è più tempo (2008); Storia dell’estetica (2008); Il bene di vivere (2011); Metafisica della peste (2012).
Semana da Europa
Com o tema “Convivências”, em turnê pelo Brasil, a XII Semana da Europa 2016 marca a necessidade de construir pontes entre várias culturas no seio da União Europeia. O evento que têm como objetivo fortalecer a identidade dos Estados-Membros da União Europeia, além de marcar o Dia da Europa, celebrado a 9 de maio.
Nesta 12ª edição a Semana da Europa acontece no Brasil desde 2004, realizado pela Associação dos Institutos Culturais e Embaixadas de países da União Européia (EUNIC) Brasil e pela Delegação da União Europeia no Brasil. Atualmente é organizada por uma associação que une 20 países, representados por 24 instituições, e a Delegação da União Européia.
O projeto ‘Semana da Europa’ foi concebido para celebrar o Dia da Europa, comemorado em 9 de maio, para lembrar a paz e a unidade no continente europeu. A data assinala o aniversário da histórica Declaração Schuman, apresentada em Paris, em 1950, que propôs uma nova forma de cooperação política para a Europa. A declaração é considerada o início do que é hoje a União Europeia.
Para o presidente da EUNIC Brasil, Sabine Plattner, o objetivo é estimular, com este evento, a interação entre os países. “Muito além de mostrar os melhores aspectos políticos, culturais e esportivos da Europa unida, a Semana procura promover atividades numa via de mão dupla, com a contribuição cada vez maior de instituições brasileiras”, comenta Plattner.
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