O governo chileno anunciou no domingo (06) que a renúncia do ministro das Relações Exteriores Andrés Allamand havia sido aceita e que a subsecretária de Relações Exteriores Carolina Valdivia Torres se tornaria ministra interina imediatamente. Allamand renunciou depois que foi citado por estar de férias durante a crise em Iquique envolvendo migrantes venezuelanos. A partir de novembro, Allamand assumirá o comando da Secretaria-Geral Ibero-Americana em Madri.
“O presidente Piñera agradece a Allamand pelo serviço prestado e deseja sucesso a Carolina Valdivia neste novo desafio”, dizia um comunicado do Governo. De acordo com os partidos de oposição, Allamand deveria ter retornado a Santiago como consequência dos incidentes em Iquique.
De qualquer forma, Allamand não tinha muito tempo pela frente no trabalho. Piñera será sucedido por Gabriel Boric em 11 de março. A escolha de Boric para o cargo de ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola, disse que a “defesa dos interesses do Chile no mundo exige atenção exclusiva”.
A decisão de Allamand de assumir uma posição na Espanha em vez de completar seu mandato em seu próprio país gerou controvérsia. “Dada a demissão do ex-ministro @Allamand, ratifico que trabalharemos para um atual Ministério das Relações Exteriores, diante dos problemas dos cidadãos”, postou Urrejola no Twitter. “Vamos nos concentrar nisso em tempo integral a partir de 11 de março”, prometeu.
Urrejola aceitou a oferta de Boric para o cargo por causa do papel que o líder chileno parece estar mirando depois de se distanciar das violações de direitos humanos cometidas em países governados pela esquerda, como Venezuela e Nicarágua. Urrejola disse que essas violações também precisavam ser denunciadas.
Imigrantes – Manifestantes acusam os imigrantes pelo aumento da criminalidade regiões fronteiriças com Bolívia e Peru e, como tentativa de impedir o ingresso e permanência no país. atacaram alguns acampamentos. A ação chamou atenção da Organização das Nações Unidas que classificou os episódios como “atos de discriminação e xenofobia”.
No domingo (6/2), ao retornar de uma viagem à Espanha, onde funciona a sede da Segib, o chanceler apresentou um comunicado à imprensa, anunciando que deixava a função. “Apresentei minha renúncia ao cargo de chanceler”, disse.