São Paulo – Os palestinos recebem nesta semana manifestações de amizade e empatia em várias cidades no Brasil e no mundo, em função do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, celebrado nesta segunda-feira (29).Haverá atos em várias cidades do Brasil. Em Foz do Iguaçu será lançado documentário.
Neste dia e nos que antecedem e seguem a data, a comunidade internacional expressa seu apoio e desejos de paz aos palestinos em função dos problemas de território que enfrentam com o vizinho Israel.
No Brasil, a agenda de solidariedade terá desde atos públicos até lançamento de livros e filmes. Campinas foi uma das cidades que teve programação desde o final da última semana, em homenagens pela Câmara Municipal de Vereadores e pela Prefeitura Municipal, na presença do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. Um show que ocorreu neste sábado (27) no Teatro do Sesi, parte da Semana Educação e Café, rendeu homenagem.
Na capital paulista, no final da tarde desta segunda-feira, às 18 horas, um ato público em prol da causa palestina está marcado para ocorrer em frente ao espaço cultural e restaurante palestino Al Janiah, no bairro da Bela Vista. Acontece no local também o lançamento do livro “Sem caminhos para Gaza”, escrito por Renatho Costa, Rodrigo D. E. Campos e Lucas Bonatto Diaz, e que teve lançamento para convidados, com transmissão virtual, no final de semana.
Na cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, ocorre nesta terça-feira (30) o lançamento do documentário “Palestina: fragmentos de uma história” feito pelos brasileiros Marcelo Freire, Waldson Almeida, Jean Carlos e Christian Rizzi. O embaixador Alzeben estará presente na apresentação, que ocorrerá às 19h, no Centro de Visitantes das Cataratas do Iguaçu. Foz do Iguaçu congrega uma grande comunidade de árabes e descendentes.
Brasil solidário – “Praticamente em todo o Brasil onde tiver comunidade palestina, onde tiver amigos, será comemorado”, afirmou para a ANBA o diplomata Alzeben sobre o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. As manifestações de solidariedade crescem ano após ano no Brasil, segundo relatos que chegam ao embaixador. Neste ano são várias as cidades nas quais haverá algum tipo de ato, entre elas Manaus, Santa Maria, Bagé, Curitiba, Porto Alegre e Maringá. Em muitos municípios, as Câmaras de Vereadores são as promotoras das ações.
“O Brasil é um país solidário em geral, não somente com a Palestina, mas com todas as causas justas; o povo brasileiro é um povo vivo, solidário, de um sentimento fraterno profundo, portanto essa sensibilidade com as causas humanas é característica desse povo amigo. Em todas as partes para onde vamos, sentimos esse carinho e essa solidariedade com a Palestina e com todas as causas justas da humanidade”, afirmou Alzeben à ANBA.
O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Palestina, divulgou mensagem reiterando o apoio do Brasil à solução pacífica do conflito na região. “A busca por uma solução pacífica para a questão Palestina é essencial para a manutenção da paz e a segurança internacionais. Como membro eleito do Conselho de Segurança, o Brasil continuará apoiando todos os esforços para trazer uma paz justa e duradoura para a região”, diz a mensagem. O Brasil assume em janeiro assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Dia Internacional – O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977. As Nações Unidas propõem neste dia 29 uma conversa global sobre a questão palestina, inclusive nas redes sociais por meio da hashtag #PalestineDay. A celebração foi destaque no Seminário Internacional de Mídia da ONU, que reuniu jornalistas, diplomatas e acadêmicos para debater o tema “Paz no Oriente Médio”.
Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a situação nos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, continua representando um desafio significativo para a paz e segurança internacionais. Para Guterres, a meta continua sendo a criação de dois Estados: um israelense e outro palestino convivendo pacificamente, e atendendo às fronteiras baseadas nas linhas de 1967, com Jerusalém como a capital de ambos.