Súsan Faria
Os suíços comemoram hoje (1º) a data nacional do país. Fogos de artifício e fogueiras se espalham nos cumes das montanhas do país. Em Brasília, a comemoração foi no sábado (29/07), na sede diplomática.
Em seu discurso, o embaixador André Regli lembrou que em 1.291 – quando se formou oficialmente o país – não havia wi-fi, celulares ou internet e que o meio para se comunicar era através de fogos. “Essa é uma noite suíça-brasileira cheia de símbolos, um deles o fogo, as fogueiras, muito conhecidos pelos brasileiros nessa época das festas juninas”, disse ao abrir o evento para convidados.
André Regli deu as boas-vindas aos presentes, citando a presença do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowiski, o Ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, cônsules da Suíça em São Paulo e no Rio de Janeiro, e cônsules honoríficos de Recife, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. O embaixador destacou que os fogos também são uma fonte de energia sustentável e que se alegrou pelo povo suíço ter aceitado, por meio de referendum, a estratégia energética de 2050 para promover a energia renovável, focalizar a eficácia da utilização da energia e sair da energia nuclear.
“Nossa embaixada segue esse passo e, na próxima semana, vamos inaugurar a própria instalação fotovoltaica. Seremos um dos maiores produtores de energia fotovoltaica particular”, disse o embaixador. Segundo ele, a medida produzirá 100 mil quilowatts por hora em cima do teto da embaixada, o suficiente para proporcionar energia para aquela sede diplomática e um pouco na rede pública. André Regli afirmou que os últimos anos foram muito positivos para as relações bilaterais entre a Suíça e o Brasil: “negociamos um tratado para evitar a bitributação e começamos as negociações para um tratado de livre comércio”. Homenageou o “melhor embaixador da Suíça”, o Roger Federer, jogador de tênis.
Forró – A festa do Dia Nacional da Suíça foi animada em Brasília pelos músicos do grupo “Oxente Cerrado”, que tocou muito forró e músicas juninas, e pela quadrilha de dança “Formigas da Roça”, de São Sebastião – Distrito Federal.
O bolo de aniversário destacou a Bandeira suíça – com a cruz grega branca inserida no centro de um retângulo vermelho. Foram servidos queijo e vinho suíço, sobremesas e pratos típicos como batata e salsichões, carne seca bovina tipo Bresada, torta de camarão, caldos, dentre outros. Antes da ceia, foram executados o Hino Nacional da Suíça e o Hino Nacional do Brasil. Uma fogueira grande, bandeirolas suíças e fogos de artifício enfeitaram o pátio da embaixada, onde há as tradicionais esculturas de gado do país e muitas árvores do cerrado brasiliense.
A festa foi também uma despedida do embaixador André Regli, que fica na Capital até o final de outubro e em seguida assume o posto em Lisboa – Portugal. Ele serviu como embaixador por quatro anos – antes havia trabalhado na embaixada brasileira como diplomata – e agradeceu o apoio da equpe com quem trabalhou em Brasília.
História – O Dia Nacional foi criado em homenagem ao Pacto Federal que uniu os cantões de Uri, Schwyz e Unterwalden em 1291, originando a formação da atual Suíça. Este ano, a Suíça comemora 726 anos. Os primeiros suíços chegaram no Brasil há 200 anos e encontraram aqui uma nova pátria. Hoje, aproximadamente 17000 suíços vivem no Brasil e o mesmo número de brasileiros vive na Suíça. Alguns deles estudam na Swiss International School em Brasília, uma das poucas escolas suíças no Brasil. (Com informações da Embaixada da Suíça Brasilia/Consulados Gerais do Rio de Janeiro e São Paulo)