Candidata única na disputa, a cidade australiana de Brisbane foi anunciada nesta quarta-feira (21) pelo COI, o Comitê Olímpico Internacional. Após um processo sem suspense, Brisbane foi escolhida pelos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), reunidos na capital japonesa para a 138ª sessão da entidade, e sucederá a Paris-2024 e Los Angeles-2028.
Esta é a primeira vez que a sede do evento esportivo mais importante do mundo é definida com 11 anos de antecedência, e sem disputa, depois de verdadeiras batalhas entre países candidatos durante décadas. O processo de escolha desagradou Doha (Catar), que também desejava receber os Jogos de 2032, assim como Seul e Pyongyang, que apresentaram uma candidatura comum das Coreias em abril.
A capital do estado de Queensland, assim inaugurou um novo procedimento adotado em 2019, que permite assegurar a organização dos Jogos. O COI pode iniciar, desde já, um “diálogo” com uma candidata “preferencial”. Isso equivale a abrir o caminho para sua designação oficial, com o objetivo de diminuir as dúvidas crescentes sobre a organização dos Jogos, reduzir os gastos e criar uma lista de futuras cidades-sede.
Na prática, trata-se do fim do custoso trabalho de “lobby”, dos escândalos de compra de votos, como aconteceu nos Jogos de Inverno de Salt Lake City-2002, das delegações em clima de suspense e dos abraços e lágrimas transmitidos para o mundo inteiro no momento do anúncio da cidade vencedora.
Entre os raros países a participar de todas as edições dos Jogos Olímpicos de Verão, a Austrália é “uma imensa vila olímpica” com suas múltiplas nacionalidades, origens étnicas e quase 300 idiomas falados, destacou nesta quarta-feira o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, por videoconferência.