O caso foi revelado pelo diário The Sun, que publicou fotos de Hancock, que é casado, abraçando e beijando uma assessora em seu escritório. Ele já foi substituído.
O caso indignou integrantes do governo e a população britânica, obrigados a respeitar as regras do lockdown em vigor. O ministro da Saúde reconheceu seu erro. “Devemos ser honestos com as pessoas que se sacrificaram tanto nessa pandemia, quando os decepcionamos, como eu fiz ao violar as determinações”, escreveu Hancock em sua carta de demissão, entregue ao primeiro-ministro Boris Johnson.
Matt Hancock estava no centro da campanha do governo britânico contra a pandemia de Covid. Com frequência, ele participava de programas no rádio e na TV pedindo que a população respeitasse o distanciamento social para lutar contra a crise sanitária.
As imagens de Hancock beijando a assessora foram publicadas pelo The Sun no mês passado, quando era recomendado aos britânicos evitar qualquer contato íntimo com pessoas que não fizessem parte do círculo familiar.
Demissão em meio a alta de casos – Na sexta-feira (25), Boris Johnson afirmou que aceitava as desculpas do ministro, acreditando que o caso seria encerrado. Mas os pedidos de renúncia não pararam.
A demissão de Hancock obrigou o premiê a encontrar rapidamente um substituto para dirigir o imenso ministério da Saúde. A pasta não só supervisiona o sistema de saúde britânico como está na linha de frente da batalha contra a pandemia que atravessa uma nova alta preocupante de infecções, devido à variante Delta. O ex-ministro das Finanças Sajid Javid foi já foi nomeado para o cargo.
O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, aprovou no Twitter a demissão Hancock, mas criticou a posição de Boris Johnson que “deveria ter demitido o ministro”.
O Reino Unido é um dos países mais atingidos pelo Covid no mundo, como 128.000 mortos. Hancock chefiava o ministério da Saúde há três anos e sua gestão no início da crise foi muito criticada.
(Com AFP)