A Comissão Europeia avançou com a compra de mais de 150 milhões de doses da vacina da fabricante norte-americana Moderna contra a Covid-19. O anúncio foi feito, esta terça-feira, pela presidente do executivo comunitário.
“Hoje assegurámos 150 milhões de doses adicionais da vacina da Moderna”, disse Ursula von der Leyen na rede social Twitter. Esclareceu ainda que além dessa compra está a ser preparada uma encomenda de vacinas de nova geração de inoculação, de forma a garantir a proteção contra o surgimento de novas variantes do vírus da Covid-19. “Vai dar-nos a flexibilidade de que precisamos para procurar vacinas adaptadas à Covid-19 para proteger as pessoas das novas variantes do vírus”, pode ler-se ainda na publicação.
Este novo contrato garante a entrega atempada de doses a partir do terceiro trimestre deste ano e até ao final de 2022, bem como a possibilidade de o adaptar às necessidades de cada Estado-membro em função da sua situação epidemiológica. O contrato de hoje com a Moderna assenta na carteira de vacinas que garantirão à Europa o acesso a até 4,4 mil milhões de doses, uma vez que todas as vacinas tenham sido provadas como seguras e eficazes.
A UE investiu já 2,9 mil milhões de euros no desenvolvimento de vacinas com as farmacêuticas com as quais tem acordos, sob condição de reserva de um determinado número de doses para o bloco, tendo os Estados-membros avançado com 750 milhões.
Bruxelas definiu como meta ter 70% da população europeia adulta vacinada, com pelo menos, uma dose do fármaco até ao final do verão. Até esta terça-feira, uma média de 31% da população europeia já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19, enquanto 54,8% recebeu a primeira dose, segundo a plataforma de monitorização do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
Recorde-se que a Moderna é uma das quatro vacinas aprovadas na União Europeia, além da Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Vaxzevria (novo nome da vacina da AstraZeneca) e Janssen (da Johnson & Johnson).