O Embaixador do Azerbaijão no Brasil Elkhan Polukhov, em sua fala, afirmou ser necessária a ajuda da comunidade internacional para pressionar a Armênia a entregar o mapa das minas (bombas no subsolo) já que civis e jornalistas foram mortos recentemente e estima-se que ainda existam várias minas na região.
Segundo Polukhov, é necessária a ajuda da comunidade internacional para pressionar a Armênia a entregar o mapa das minas (bombas no subsolo) já que civis e jornalistas foram mortos recentemente e estima-se que ainda exista várias minas na região. A região está pronta pra iniciar um processo de reestruturação econômica e social, mas necessita estar segura.
No encontro, membros do Grupo de Trabalho de Relações Interpalamentares Azerbaijão-Brasil do Parlamento (Mili Majilis) da Republica do Azerbaijão, por vídeo conferencia, relataram o ocorrido na última explosão e a desativação de mais de 35.000 minas terrestres em uma área de 100 milhões de m2, desde a assinatura da Declaração Trilateral em 10 de novembro do ano passado.
O grupo fez um relato das ações já tomadas oficialmente perante os organismos internacionais, assim como um apelo ao Brasil e a outros países pela união e força em reunir tecnologia capaz de substituir ações humanas nas desativações das minas, que estão enterradas em mais de 20% do território daquele país, o que coloca em perigo além de militares e civis, inviabilizando ainda, o crescimento e a urbanização e moradia de muitos azerbaijaneses.
Leila Abdullayeva, chefe do Serviço de Assessoria de Imprensa da XIN, e Esmira Copernicus, presidente do Centro de Educação de Relações Internacionais, deram um relato detalhado do incidente e compartilharam seus pensamentos sobre a situação regional existente, especialmente a ameaça das minas em áreas liberadas, suas graves consequências, o comportamento irresponsável da Armênia, bem como o papel da comunidade internacional.
Histórico – De acordo com informações da Procuradoria-Geral da República e do Ministério de Assuntos Internos da República do Azerbaijão, na manhã de 4 de junho de 2021, um veículo que transportava membros da equipe de filmagem foi atingido por uma mina antitanque na estrada em Susuzlug, região de Kalbajar.
Por causa dessa explosão, dois membros da equipe de filmagem, um operador da televisão do Azerbaijão, Siraj Abishov, um correspondente da Agência de Notícias do Estado do Azerbaijão, Maharram Ibrahimov, bem como o representante do poder executivo distrital, Arif Aliyev, foram mortos e quatro pessoas ficaram feridas.
Participaram da Coletiva cerca de 25 jornalistas de diferentes veículos como jornal O Globo, Band, Cruzoé, Correio , Brasilia in foco, EmbassyNews , Alô Brasília, Pelo Mundo DF, Rede TV, TV comunitária, Portal R10, Capital em Foco, Voz do cidadão, Folha da comunidade e outros. Os jornalistas presentes na coletiva expressaram condolências aos familiares e amigos das vítimas do incidente e fizeram algumas perguntas sobre o caso.
Cobrança – O governo do Azerbaijão levanta constantemente, a nível internacional, a questão da instalação deliberada e em grande escala de minas terrestres pela Armênia nos territórios do Azerbaijão, em flagrante violação do direito internacional humanitário, incluindo as Convenções de Genebra de 1949. De acordo com as autoridades do país, este último incidente em Kalbajar mostra, mais uma vez, que as minas nesta área foram implementadas deliberadamente pela Armênia durante a retirada forçada das Forças Armadas do Azerbaijão após as operações de contra-ofensiva. O objetivo é causar o máximo de danos possível ao governo do Azerbaijão e criar obstáculos adicionais para que a população civil retorne às suas casas.
Durante a coletiva, também foi lembrada que um grupo das forças armadas da Armênia foi detido ao entrar no território do Azerbaijão, indo na direção de Kalbajar, ao cometer provocações com o objetivo de colocar minas terrestres nas estradas da região. Isso confirma, mais uma vez, que a Armênia continua a representar uma grave ameaça à vida e à segurança na região.
Segue na íntegra o comunicado do Governo do Azerbaijão:
Do Instituto de Direito e Direitos Humanos da Academia Nacional de Ciências do Azerbaijão (ANAS) para Organizações Internacionais de Direitos Humanos
O último incidente em Kelbajar prova mais uma vez o comportamento irresponsável e criminoso da Armênia, por não disponibilizar os mapas de campos minados indo ao contrário ao direito internacional humanitário e ao espírito da declaração conjunta dos Presidentes do Azerbaijão e da Rússia e do Primeiro Ministro da Armênia que foi assinada em 10 de novembro. Este incidente mostra mais uma vez que as minas nesta área foram plantadas deliberadamente pelo lado armênio durante a retirada forçada de tropas ou por um grupo de sabotagem que cruzou ilegalmente a fronteira após a operação de contra-ofensiva das Forças Armadas do Azerbaijão. O objetivo é infligir o máximo de danos possível no lado do Azerbaijão e criar obstáculos adicionais para o retorno da população civil de volta para casa.
O Governo da Armênia é responsável por todos os civis e militares mortos ou feridos na sequência da explosão de minas nos territórios libertados após o fim do conflito. O lado azerbaijanes constantemente levanta a questão na arena internacional sobre as minas que foram plantadas deliberadamente e em grande escala dos territórios do Azerbaijão pela Armênia, o que é uma violação grosseira do direito internacional humanitário, incluindo a Convenção de Genebra de 1949.
Apesar dos repetidos apelos da comunidade mundial, organizações internacionais e grupos de direitos humanos para fornecer mapas das áreas minadas, fortes protestos contra as provocações em curso, o governo armênio ainda não forneceu esses mapas. Só assim será possível assegurar o fortalecimento da confiança entre nossos países e abrir caminho para o estabelecimento de uma paz duradoura na região.
Dado que o governo armênio é responsável por todos os civis ou militares mortos ou feridos por minas nas áreas libertadas desde o fim do conflito, apelamos a toda a comunidade mundial, incluindo organizações internacionais e grupos de direitos humanos, a condenar veementemente as provocações da Armênia em curso e, finalmente, fornecer mapas dos campos minados.
Dois membros da equipe de filmagem, um operador da televisão do Azerbaijão, Siraj Abishov, um correspondente da Agência de Notícias do Estado do Azerbaijão, Maharram Ibrahimov, bem como o representante do poder executivo distrital, Arif Aliyev, foram mortos no incidente e quatro pessoas ficaram feridas.