O chefe da diplomacia dos Estados Unidos também tem encontro marcado com o líder palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, antes de seguir para Egito e Jordânia. Consolidar o frágil cessar-fogo instaurado entre israelenses e palestinos após 11 dias de confrontos está no centro da agenda da viagem.
“A pedido do presidente (Joe) Biden, viajo para Jerusalém, Ramallah, Cairo e Amã para me reunir com as partes e apoiar seus esforços para fortalecer o cessar-fogo”, revelou Blinken no Twitter. “Os Estados Unidos estão comprometidos com uma intensa ação diplomática para que as hostilidades acabem, e as tensões se reduzam”, acrescentou.
Em um comunicado, o presidente Joe Biden detalhou a agenda da viagem de seu representante. “O secretário de Estado Blinken se encontrará com os dirigentes israelenses para falar do nosso apoio inabalável à segurança de Israel. Ele continuará os esforços do nosso governo para reconstruir os laços com os palestinos e seus dirigentes, assim como para lhes demonstrar apoio, após anos em que foram deixados de lado”, afirmou o chefe de Estado.
“Ele vai falar com outros parceiros-chave na região, principalmente sobre os esforços internacionais coordenados para garantir que uma assistência imediata chegue a Gaza, de forma que beneficie seus habitantes, e não o Hamas, assim como sobre uma maneira de reduzir os riscos de que o conflito ressurja nos próximos meses”, acrescentou o presidente democrata.
Na esteira do cessar-fogo que entrou em vigor na última sexta-feira (21) entre Israel e o movimento palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, após 11 dias de bombardeios aéreos e de lançamentos de foguetes que tiraram a vida de centenas de pessoas, Biden e Blinken garantiram que a “solução de dois Estados”, um israelense e outro palestino, é a única possível.
Em sua viagem, que vai até quinta-feira (27), o chefe da diplomacia americana se encontrará com o premiê Netanyahu, mas também com o ministro israelense das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi, em Jerusalém. Já em Ramallah, na Cisjordânia, Blinken deve se reunir com Abbas e com seu primeiro-ministro Mohamed Shtayyeh, mas não se encontrará com os líderes de Gaza. O governo americano considera o Hamas uma organização terrorista e não tem contato direto com seus chefes.
A próxima escala é no Cairo, onde o secretário de Estado se reunirá com o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, e com o chanceler Sameh Choukri, bastante envolvidos na mediação que permitiu o cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A viagem se encerra em Amã, para uma conversa com o rei Abdullah II e o chefe da diplomacia jordaniana, Aymane Safadi. Junto com o Egito, a Jordânia é um dos poucos países árabes com relações diplomáticas de longa data com Israel.
(Com informações da AFP)