O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), André Dobashi, reuniu-se nesta quarta-feira (19) com o embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman. Entre as pautas mais discutidas estiveram presentes a sustentabilidade da produção sul-mato-grossense e a necessidade de um intercâmbio tecnológico no cultivo de grãos.
Com tom informal, o jantar, que contou com a presença de outras entidades ligadas à agropecuária sul-mato-grossense, serviu para estreitar o relacionamento entre agentes do setor e o representante americano. “Tivemos a oportunidade de apresentar nosso modelo de produção, algumas lacunas e oportunidades. A agricultura local, por intermédio da ciência, cresce de forma exponencial, de forma sustentável, mas sempre há oportunidades”, aponta Dobashi.
“Os Estados Unidos têm por característica a eficiência em produtividade, muitas vezes ligada ao uso de tecnologias não tão comuns nas propriedades rurais brasileiras, é o caso de ferramentas que fazem uso da conectividade, fertilizantes líquidos e outros instrumentos ligados à agricultura irrigada, que poderiam influenciar em avanços por aqui. Esse intercâmbio de informações aconteceu de forma muito rica e nos disponibilizamos a estreitar ainda mais essa relação”, completou o presidente da Aprosoja/MS.
Mais cedo, ainda na quarta-feira (19), o embaixador foi recebido pelo titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, que apresentou ao embaixador o projeto do “Estado do carbono neutro”, que visa reduzir e neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, com meta até 2030. Ele destacou que vários programas foram realizados desde 2015, com esta finalidade de desenvolvimento sustentável.
“Momento importante em que pudemos apresentar questões ambientais estaduais ao embaixador, que vai visitar projetos no fim de semana de sustentabilidade realizados em Mato Grosso do Sul. A embaixada e o governo norte-americano estão dispostos a saber mais sobre a atuação dos estados e poiar ações importantes”, destacou Verruck.
O encontro também debateu sobre as relações comerciais entre os dois países e as possibilidades e estreitar a atuação. “Apresentamos nosso processo de industrialização, os principais produtos exportados (celulose, carne bovina e tilápia) e as alternativas logísticas para tornar estes itens mais competitivos para os americanos”, disse o secretário.
A consolidação da rota bioceânica, investimentos nas ferrovias, além da política de atração de investimento, parceria público-privada e sustentabilidade junto aos EUA, completaram os temas abordados durante nas reuniões com o embaixador.