O ex-senador Christopher Dodd e os ex-subsecretários de Estado Richard Armitage e James Steinberg aterrissaram esta tarde no aeroporto da capital, Taipei, segundo imagens transmitidas pela televisão.
Os enviados devem se reunir na quinta-feira (15) com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen. “Mais uma vez, esta visita demonstra a relação sólida entre Taiwan e os Estados Unidos”, declarou o porta-voz da Presidência, Xavier Chang. “É tão sólida quanto uma rocha”, frisou. A decisão americana foi duramente criticada pela China, que considera Taiwan como uma província rebelde a ser convocada algum dia para voltar a seu controle – pela força, se for necessário.
“A China protestou junto aos Estados Unidos pelo envio de autoridades de visita a Taiwan”, disse o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, à imprensa local. Pequim exerce uma cada vez maior pressão econômica, diplomática e militar sobre as autoridades taiwanesas, na tentativa de manter a ilha isolada em nível internacional. Visitas de delegações, ou contatos com Taipei, causam irritação ao governo chinês. No ano passado, aviões militares chineses fizeram um número recorde de incursões na zona de defesa de Taiwan.
Washington, que reconhece Pequim diplomaticamente desde 1979, mantém relações com Taipei e é seu principal apoiador militar. Uma lei americana exige que os Estados Unidos ajudem a ilha a se defender, em caso de conflito. Esta visita de uma delegação americana se dá por ocasião do 42º aniversário desta lei assinada por Joe Biden quando era um jovem senador.
Enquanto isso, na última sexta-feira (9), o Departamento de Estado americano emitiu novas diretrizes que facilitam as reuniões entre os representantes de Washington e seus homólogos taiwaneses. Sob a presidência de Donald Trump, Washington multiplicou os contatos e as visitas de altos nível a Taiwan. E, no caso da China, as relações tiveram uma franca escalada. Desde que chegou ao poder, Biden manteve a linha dura com Pequim, em especial em temas de direitos humanos e sobre sua “política ameaçadora” em relação a Taiwan.