O apelo foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e pelo secretário dos Negócios Estrangeiros filipino, Teodoro Locsin, no final de uma conversa telefónica em que “partilharam preocupação” com a atividade de “navios de milícia marítima” na região, segundo comunicado conjunto.
A conversa teve lugar numa altura em que as Filipinas exigem a retirada da área do Recife Whitsun (Recife Julian Felipe, para os filipinos, e Niu’e Jiao para os chineses) de cerca de 44 navios pesqueiros e outros meios marítimos, que chegaram a ser perto de duas centenas no início de março.
Inicialmente, a China disse que a agitação marítima fez com que os navios, que diz serem barcos de pesca, ficassem atracados nas proximidades do recife, que insiste fazer parte das ilhas Spratly, cuja soberania reivindica.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, durante a conversa entre Blinken e Locsin ambos reafirmaram também a validade do tratado de defesa mútua marítima entre os dois países, em zonas onde China e Filipinas têm reivindicações de soberania conflituantes.
Hoje, a 7ª frota da Marinha dos Estados Unidos informou que o seu porta-aviões nuclear Theodore Roosevelt e navios de apoio realizaram exercícios no Mar do Sul da China, “em apoio a um Indo-Pacífico livre e aberto”.
Também envolvido esteve o grupo anfíbio Ilha de Makin, que integra elementos da unidade expedicionária dos fuzileiros norte-americanos, um navio anfíbio de assalto e outros dois navios, segundo a 7ª frota. Uma decisão da Convenção das Nações Unidas para o Direito dos Mares, em 2016, invalidou pretensões chinesas sobre grande parte do Mar do Sul da China. As Filipinas afirmam que Julian Felipe faz parte das ilhas do grupo Kalayaane e está localizado na sua Zona Económica Exclusiva.