“A combinação de sua destreza intelectual, sua ampla experiência internacional em matéria de direitos humanos e sua voz corajosa fazem dela uma pessoa altamente qualificada para defender nosso movimento”, disse a presidente do órgão diretor, Sarah Beamish, em um comunicado.
A francesa foi nomeada por um período de quatro anos e sucede à secretária-geral interina, Julie Verhaar. Callamard era até agora relatora especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, sumárias, ou arbitrárias, e liderou uma investigação sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.
Na sexta-feira, ela relatou no Twitter ter recebido ameaças da Arábia Saudita, que o país negou. “Ali onde governos e empresas tentam silenciar aqueles que denunciam seus abusos, escondem a verdade e minam, ou rejeitam, os padrões de direitos humanos, as rigorosas investigações e a inflexível campanha da Amnistia Internacional são mais essenciais do que nunca”, disse Callamard, no anúncio de sua nomeação. Agnès Callamard já havia trabalhado para a Anistia Internacional de 1995 a 2001, como chefe de gabinete do então secretário-geral, Pierre Sané, entre outras posições.