Desde o início da criação, as mulheres têm desempenhado um papel fundamental, não apenas para acompanhar o homem em seu trabalho, mas como parceira da obra da criação de Deus com o dom da maternidade. Ao longo da história, destacou-se em diferentes papéis. Se voltarmos ao tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo, vemos como numa sociedade onde as mulheres não podiam dar testemunho por serem consideradas mentirosas por natureza, Ele aparece primeiro a Maria Madalena, confiando-lhe o poder de testemunhar perante os apóstolos a ressurreição de entre os mortos.
Já na Idade Média, encontramos uma mulher cujo papel de guerreira mística conduz à libertação da França contra os erros dos seus inimigos, confirmando assim o reinado daquela nação. Esta foi Joana D’Arc, mártir da sua pátria e da Igreja. No campo da ciência, encontramos a primeira mulher a estudar a fenomenologia, na Alemanha, Edith Stein, que, por ser judia, foi martirizada na câmara de gás de Auschwitz. Do mesmo modo, colocando os dons intelectuais ao serviço da humanidade, nos deparamos com Madame Curie, polonesa, Prémio Nobel de Física e Química, além de ter sido a primeira mulher a ser professora na Universidade de Paris.
Notáveis na política contemporânea, as mulheres exaltaram os valores femininos e as capacidades do sexo supostamente mais fraco, demonstrando com isto que podem atingir os níveis mais altos da Primeira Magistratura do Estado, como Margaret Thatcher, chamada “Dama de Ferro” e Angela Merkel, a Chanceler que conseguiu reposicionar a Alemanha como potência europeia. De certa forma, todas elas mostraram as mais belas joias que enfeitam o sexo feminino, reforçando a vocação a que as mulheres foram chamadas, que é a alegria no meio do sofrimento.
As mulheres da República Dominicana também têm demonstrado heroísmo. Três mártires da pátria provocaram, com o seu assassinato cruel, que os homens mais corajosos da nação estivessem determinados a aniquilar o carrasco, devolver o país ao Estado de direito e à democracia, libertando-o de uma das ditaduras mais sanguinárias do século XX. Por esta razão, cada 25 de novembro é comemorado o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres”, em honra da nossa Patria exemplar, Minerva e María Teresa Mirabal, borboletas que voaram para o céu em honra de todas as mulheres de ideais nobres e elevados.
Finalmente, vale a pena mencionar as mulheres que deixaram um aroma agradável na história da humanidade lembrando, em particular, todas aquelas mulheres que no anonimato e no silêncio das suas vidas se entregam às suas famílias com honra e humildade, proclamando que as mulheres devem lutar, não pela igualdade com os homens, mas por um direito superior a esse, como é a sua dignidade na sociedade. Esta homenagem que prestamos às mulheres é especialmente dedicada àquelas que sofrem em silêncio e que, à semelhança da Santíssima Virgem Maria, a mulher mais exemplar e digna da história, são capazes de ver os seus filhos morrer por amor.
Patricia Villegas de Jorge é Embaixadora da República Dominicana no Brasil