São Paulo – A corrente comercial brasileira com os países árabes cresceu 17,3% em janeiro de 2021 frente ao mesmo mês do ano anterior. O valor total chegou a US$ 1,22 bilhão, enquanto o saldo ficou positivo em US$ 563, 31 milhões para o Brasil.
Ainda no comparativo do primeiro mês deste ano com o período igual de 2020, a receita com as exportações do Brasil aos árabes cresceu 7,4%. O número chegou a US$ 891,85 milhões e manteve o bloco árabe como o 3º principal destino das vendas do Brasil, atrás apenas de China e Estados Unidos.
Apesar do bom desempenho brasileiro, o superávit para o Brasil foi 9,2% inferior ao obtido em janeiro de 2020, puxado pelo aumento nas exportações árabes. Neste janeiro, o bloco árabe vendeu US$ 328,55 milhões ao Brasil. O número é 56,4% maior do que no mesmo período do ano passado. Os brasileiros são o 10º principal fornecedor do bloco.
Entre os produtos de destaques, estão o recorde alcançado pelo trigo e misturas com centeio, que somou US$ 26,78 milhões, pela pimenta, com US$ 6,4 milhões, e por gorduras/óleos vegetais, que somaram US$ 5,1 milhões. O recorde foi apontado pela Inteligência de Mercado da Câmara Árabe em análise de uma série histórica desde 2017.
Entre as nações que mais elevaram suas compras de produtos brasileiros, a primeira é o Egito, que comprou 77,6% mais, somando US$ 209,35 milhões. Em janeiro, os egípcios compraram 227,6% mais milho, 543% mais açúcar (US$ 34, 87 milhões) e 652% mais papel cartão.
Na outra mão, o Marrocos foi o fornecedor que mais elevou as vendas ao Brasil. A receita gerada no mês foi de US$ 100,64 milhões, um aumento de 95,5%. E os produtos que mais cresceram foram os fertilizantes, com 118,3%, os químicos inorgânicos, com 137,9%, e peixes, crustáceos, com alta de 44,2%.
Em um cenário em que a vacinação contra covid-19 avance e seja possível a redução de medidas para distanciamento social, a equipe de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe espera uma retomada na economia mundial. A expectativa é que ainda que lenta, a retomada proporcione uma diversificação de produtos comercializados entre o Brasil e as nações árabes. Entre os setores que podem ser beneficiados estão os da cadeia de fornecimento de insumos e bens intermediários, além de bens finais de maior valor agregado.