Numa carta de resposta ao pedido formalizado pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, o ministro de Estado britânico, Michael Gove, concordou, mas manifestou expectativa de que seja possível concluir o processo antes, excluindo uma nova extensão.
“Como sabe, a aplicação provisória do Acordo não foi o desfecho favorecido pelo Reino Unido tendo em conta a incerteza que cria para os indivíduos e empresas (…). Prolongar o período de aplicação provisória prolonga essa incerteza”, vinca, na missiva tornada pública hoje.
Finalizado em 24 de dezembro de 2020, o Acordo de Comércio e Cooperação entre o Reino Unido e UE foi ratificado pelas instituições britânicas ainda em dezembro, mas a Comissão Europeia decidiu aplicar o documento de maneira provisória para permitir o escrutínio do Parlamento Europeu.
“Trata-se de uma extensão técnica para permitir o tempo necessário para a conclusão da revisão jurídico-linguística do acordo em todas as 24 línguas, para o seu escrutínio pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho”, explicou o executivo comunitário a 10 de fevereiro. O Acordo de Comércio garante o acesso mútuo dos mercados sem quotas nem taxas aduaneiras.