Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul e dos Estados Unidos informaram hoje, durante uma conversa telefônica, o compromisso de alcançar a desnuclearização da península coreana e a importância da cooperação com Tóquio para atingir esse objetivo.
Durante a conversa entre Chung Eui-yong e Antony Blinken, ocorrida três dias após a confirmação do ministro sul-coreano no cargo, ambos insistiram que “vão cooperar estreitamente para conseguir a desnuclearização completa” do regime norte-coreano, segundo um comunicado divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.
O diálogo sobre desnuclearização com a Coreia do Norte está paralisado desde a cimeira de Hanói, em fevereiro de 2019, após os Estados Unidos recusarem suspender as sanções por considerarem a oferta de desarmamento do regime norte-coreano insuficiente.
Após o fracasso do Executivo de (ex-Presidente Donald) Trump em resolver o conflito, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, recentemente instou o novo Governo do Presidente Joe Biden a propor novas alternativas para retomar o diálogo, alertando que Pyongyang está preparando novos testes de armas.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul, sempre aliados, mantêm contato próximo desde que Biden assumiu o poder em janeiro, mas ainda não revelaram novidades sobre o processo de diálogo com a Coreia do Norte, nem enviaram mensagens conjuntas – ao menos publicamente – ao regime de Pyongyang.
Chung e Blinken também destacaram hoje “a importância da continuidade da cooperação EUA-República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul)-Japão”, de acordo com o texto fornecido pelo Departamento de Estado norte-americano após a conversa telefônica.
A conversa entre Chung e Blinken ocorreu no momento em que a relação entre Seul e Tóquio foi mais uma vez abalada por tensões devido às suas diferenças em relação aos crimes cometidos pelo exército imperial japonês durante o seu domínio colonial na Península Coreana entre 1910 e 1945.
O diálogo hoje estabelecido mostra também a disposição do Governo dos Estados Unidos em mediar a questão – sobre a qual Donald Trump optou por manter o silêncio – e fortalecer o seu quadro estratégico regional.