A autoridade eleitoral do Equador afirmou, nesta sexta-feira (12), que fará uma recontagem na maior parte do país para garantir a transparência das eleições presidenciais de domingo (7), depois que um dos candidatos, o líder indígena Yaku Pérez, fez acusações de fraude eleitoral.
O economista de esquerda Andres Arauz venceu a votação de domingo e passou para o segundo turno, previsto para acontecer em 11 de abril. Após a finalização dos votos, o banqueiro Guillermo Lasso apresentou uma pequena vantagem sobre o ativista indígena Yaku Pérez na disputa pelo segundo lugar.
Pérez exigiu uma recontagem completa depois de dizer que a votação foi manipulada, sem apresentar evidências de fraude. Ele argumentou que os dados das atas de várias juntas eleitorais são inconsistentes com os dados inseridos no sistema de contagem de votos.
A presidente do Conselho Nacional de Eleições, Diana Atamaint, disse que uma recontagem será realizada na província de Guayas, onde fica a maior cidade de Guayaquil e onde Pérez questionou o resultado. Além disso, 50% dos votos em outras 16 províncias serão revisados.
“Assim que o processo de revisão for concluído, o anúncio final dos resultados será feito”, disse Atamaint em um comunicado à imprensa. “Vamos defender com firmeza o processo eleitoral que preparamos com muito carinho, responsabilidade mas acima de tudo com transparência”.
Perez e Lasso concordaram com a recontagem em uma reunião que incluiu observadores da Organização dos Estados Americanos. O comunicado não disse quanto tempo levaria o processo.
A contagem de votos manteve-se todo o tempo com uma diferença inferior a um ponto percentual entre os candidatos, entretanto, Lasso tomou a frente da disputa para o segundo turno com 19,74% dos votos, enquanto seu opositor Yaku Pérez somou 19,38% dos votos. O economista Andrés Arauz liderou a votação com 32,70% dos votos.