A imunização é a segunda aprovada pela União Europeia (a primeira foi a do consórcio Pfizer/BioNTech), e a autorização ocorre algumas horas após a Agência Europeia de Medicamentos, o equivalente à Anvisa no Brasil, conceder a permissão condicional de comercialização, mecanismo que agiliza o acesso ao produto.
A Moderna vendeu 80 milhões de doses de sua vacina para o bloco europeu com opção de compra de mais 80 milhões que irão se juntar a 300 milhões de doses da Pfizer, que também é aplicada em duas etapas e já está sendo oferecida em todos os países da comunidade, totalizando 450 milhões de habitantes.
Vacinas em uso na União Europeia
As duas vacinas aprovadas para uso em cidadãos do bloco europeu utilizam uma tecnologia baseada em moléculas de mRNA (ácido ribonucleico mensageiro) que faz que as células humanas produzam imunidade ao spike (espinho) do coronavírus e, dessa forma, impeçam que ele se combine com os receptores celulares.
Como as farmacêuticas utilizaram diferentes formulações, algumas variações existem nos produtos. A vacina da Moderna deve ser armazenada a -20 °C, enquanto a da Pfizer demanda refrigeração a -70 °C. Quanto ao público-alvo, a Moderna pediu aprovação para aplicação em maiores de 18 anos e a Pfizer, em maiores de 16 anos de idade.
Pequena empresa de biotecnologia de Massachusetts, a Moderna obteve eficácia de 94,1% comprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA após testes clínicos realizados com 30,4 mil voluntários. O desempenho se revelou ligeiramente superior em adultos jovens em comparação com idosos.