A partir de segunda-feira o país fechará totalmente as fronteiras por três semanas e os uruguaios terão que evitar aglomerações por 60 dias. As leis foram propostas pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que na última quarta-feira já havia anunciado novas medidas para tentar conter o aumento de casos de covid-19, entre elas a restrição da entrada no país entre 21 de dezembro e 10 de janeiro.
Os uruguaios com passagem comprada até o dia 16 de dezembro e o transporte de carga ficarão isentos da lei. No entanto, a lei proíbe a entrada de uruguaios que estejam no exterior e planejavam retornar ao país para a virada do ano e os primeiros dias de verão. O mesmo vale para argentinos com residência no Uruguai. O governo decidiu, ainda, limitar por 60 dias o direito de reunião. A lei suspende aglomerações que representem risco para a saúde, em espaços públicos e privados, e que não respeitem as medidas de afastamento, uso de máscaras e outras formas de prevenção contra a covid-19.
Outros anúncios foram a suspensão dos espetáculos públicos também até 10 de janeiro e a ratificação do fechamento de bares e restaurantes à meia-noite. O Uruguai atravessa desde novembro um crescimento exponencial nos casos de covid-19, e soma 11.950 casos positivos e 109 mortes pela doença em uma população de 3,4 milhões de pessoas.
Nessa semana, membros do Grupo Assessor Científico Honorário (GACH), órgão consultivo formado por especialistas, disseram em entrevista coletiva que, se a tendência não mudar, “o país entrará na zona vermelha” em 26 de dezembro. Até junho, o Uruguai teve vários dias consecutivos sem nenhum novo caso, mas, desde outubro, e principalmente a partir de novembro, as infecções começaram a disparar, atingindo um recorde de 533 em 13 de dezembro.