A Mauritânia foi a última nação da África francófono a tornar-se independente em 1960. O país foi admitido nas Nações Unidas no dia 27 de Outubro de 1961, sobre a oposição extenuante de Marrocos, que reivindicou o território.
Na altura, as autoridades de Rabbat defendiam a ideia de um Grande Marrocos que incluiria, além do Saara ocidental, a Mauritânia, uma parte do território do Mali e um pouco da Saara argelino. Marrocos acaba por reconhecer a Mauritânia tardiamente, em 1969.
A Mauritânia é hoje conduzido por um sistema de República semi-presidencialista. A tensão e conflito entre os vários grupos étnicos da região continua a ser um dos principais desafios à unidade nacional.
A campanha presidencial de Junho de 2019 levou para o centro do debate a falta de unidade e coesão nacional, que continuam a preocupar a população e políticos. Levantou-se ainda uma questão por resolver: as línguas faladas na Mauritânia, qual o lugar do árabe, a língua oficial ? do francês, a língua do antigo colonizador? das línguas nacionais, populares, soninké e wolof?
Neste dia de 28 de Novembro vão levantar-se outras questões quanto à identidade do país: o massacre dos 28 militares negros, em Nouadhibou, no dia 28 Novembro de 1990. Um drama que se inscreve no período mais sangrento de repressão contra a comunidade afro-mauritaniana, entre 1989 e 1991, conhecido por “passivo humanitário”.
Mulheres – Mauritânia é país árabe com maior percentual de ministras. Nação do Norte da África aparece na 37ª posição em ranking da ONU de mulheres à frente de ministérios. Entre os países árabes, segundo melhor colocado é Emirados e terceiro é Egito.
A Mauritânia situa-se na região do deserto do Saara, faz fronteira com o oceano Atlântico a oeste, com o Senegal a sudoeste, com o Mali a leste e sudeste, com a Argélia a nordeste e com o Marrocos a noroeste. A capital e maior cidade é Nouakchott, localizada na costa do Atlântico.