Cerca de 98 mil pessoas devem prestigiar a 10ª edição da Feira Internacional dos Cerrados (AgroBrasília 2017), aberta quinta-feira (16), e que se encerra neste sábado, 20 de maio, no Pavilhão de Feiras, na BR 251, km 05. “Transmitir conhecimento garante inovação” é o tema central este ano da AgroBrasília, que está debatendo o uso consciente da água, sustentabilidade e sucessão familiar no meio rural, além de realizer um grande seminário internacional sobre recursos hídricos.
Na sexta-feira, 17, o embaixador de Honduras, Jaime Guell Bográn, falou sobre “A Transformação dos Agronegócios em Honduras: Abertura, Oportunidades e Incentivos”. Na oportunidade, o embaixador disse que o Brasil é um parceiro potencial para Honduras para venda de produtos brasileiros e investimentos naquele país. Destacou que Honduras possui terras férteis, água o ano inteiro, alto potencial turístico e está produzindo um excedente de 700 hectares de batata-doce, além de exporter muitas frutas e alimentos. “Somos o maior exportador de lagostas, files de tilápia, batata-doce orgânica e camarão no mundo e o terceiro exportador de café da América latina e o sexto no mundo desse produto”, disse.
Segundo o embaixador, Honduras apresenta infraestrutura aeroportuária crescente, com quarto aeroportos internacionais e o quinto em construção que sera utilizado principalmente para exportação de produtos agrícolas. “Atualmente Honduras é considerado como o país mais aberto ao comércio mundial e tem acordos de livre comércio com mais de 40 países”, disse. Em 2016, o valor das exportações do setor de agronegócio de Honduras alcançaram U$ 2.761 milhões, resultado de vendas de produtos tradicionais e não tradicionais como café, banana, dendê, cacau, camarão, lagosta, tilápia, frutas e legumes, charutos e tabaco sobretudo para EUA, Canadá, América Central, México, União Europeia e Ásia.Veja abaixo entrevista exclusive da Embassy Brasília com o embaixador de Honduras.
AgroBrasília – A Feira, tradicional palco de lançamentos tecnológicos, também apresenta aos produtores as novidades do setor: máquinas, insumos, pecuária, agricultura familiar, pesquisa e boas práticas. A AgroBrasília é uma oportunidade para a realização de negócios
para o grande, médio e pequeno produtor rural, além de atender ao agricultor familiar. Ao todo, 430 empresas estão apresentando seus produtos e serviços inovadores e oferecendo condições exclusivas de negociação. Estima-se que o volume de negócios chegue a R$650 milhões em vendas e contratos – imediatos ou futuros.
Dentro da programação Diálogo Internacional da AgroBrasília, Iris Seco, do escritório Seco International Lawyers, falou na sexta-feira, 19, sobre “Oportunidades para o Agronegócio entre os blocos econômicos: BRICS, MERCOSUL, SACU e SADC”. O programa daquela tarde também previu os temas: “Agricultura de Precisão: Um conjunto de ferramentas e tecnologias que possibilita ao produtor conhecer toda a area para cultivo de maneira mais complete e que pode ajudar a aumentar o rendimento em até 67%”, com o chefe do escritório comercial da embaixada da Romênia, Matei Balaita; “Desenvolvimento das Agro exportações de hortaliças e frutas no Peru”, com Gustavo Eduardo Mostajo Ocola, Escritorio Comercial do Peru no Brasil, e Potencialidades agricolas, comerciais e tecnologicas de Angola e de Belarus, com representantes daqueles paises.
Na decimal edição daAgrobrasilia, o espaço internacional conta com estantes e expositores de produtos de Honduras, da Colombia, da Romenia e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IlCA). Mais informações NO http://www.agrobrasilia.com.br/
A seguir a entrevista exclusive da Revista Embassy com o embaixador Jaime Guell Bográn:
Revista Embassy – Como andam as relações do Brasil com Honduras?
Embaixador – Muito satisfatórias, mas acho que o comércio podia se desenvolver mais, estamos trabalhando nisso. Temos intercâmbio commercial crescente. O Brasil exporta mais, naturalmente, é um país maior. Temos uma economia muito aberta, de maneira que
temos acordos comerciais com mais de 40 países. Esperamos algum dia termos um acordo com o Brasil, uma oportunidade para as duas partes. Mas as relações entre os dois países são cordiais.
Revista Embassy – O que falta para melhorar essa relação?
Embaixador – Gostaríamos de termos mais facilidades para exporter para o Brasil. É complicado para exporter para o Brasil. É mais fácil fazer negócios vendendo a Honduras do que exportarmos para o Brasil.
Revista Embassy – O que seria o primeiro passo para melhorar essa relação comercial?
Embaixador – Seria um acordo comercial do Brasil com a América Central, que seria muito
benefício. Poderíamos ter uma presence maior do Brasil na América Central. Temos um sistema de integração econômica muito desenvolvido. Trabalhamos em bloco. Fazemos geralmente acordos em bloco, como América Central e EUA, Coreia, Canadá, União Europeia…
Revista Embassy – O Sr. disse que sera inaugurado um quinto aeroporto. Quando e onde?
Embaixador – No próximo ano, a uma hora da capital. Queremos converter Honduras em um centro logístico para a América, inclusive fazendo um canal seco que unirá nossos portos no Atlântico com os portos no Pacífico, que vai facilitar as exportações.
Revista Embassy – Quem são os principais turistas em Honduras?
Embaixador – Recebemos mais turistas dos Estados Unidos e da Europa. Recebemos mais de um milhão de turistas que chegam em navios e cruzeiros. Muitos chegam também de avião e outras vias.
Revista Embassy – Quais as impressões que o Sr. tem do Brasil e de Brasília?
Embaixador – ‘E um país lindo, com pessoas maravilhosas. Um país enorme e variado. Gramado e Manaus não têm muito em comum. Brasília é uma cidade única, uma arquitetura linda, com pessoas abertas e simpaticas.