Convite para o participar da Expo 2017 e oferta de novos acordos bilaterais motivam visita oficial.
| Oda Paula Fernandes
Fotos: Eliane Loin
O Ministro Adjunto das Relações Exteriores da República do Cazaquistão, Yerzhan Ashikbayev, está em viagem oficial ao Brasil e concedeu, na tarde desta sexta-feira (05), coletiva a imprensa, na embaixada do Cazaquistão em Brasília. Ao lado do embaixador Kairat Sarzhanov que veio representar seu país há cerca de 4 meses, o ministro falou das relações entre ambos países.
De acordo com o ministro, esta visita é para demonstrar o interesse daquele país em expandir as relações bilaterais em todos os campos, político, econômico e cultural com o Brasil. “Queremos trabalhar em diversas direções, como na produção de energia, exploração de depósito de urânio, indústria nuclear, agricultura e vários setores da economia”, garante o ministro.
Atualmente Cazaquistão faz parte da União Econômica Eurasiática (UEEA) composta por Rússia, Cazaquistão e Belarus (Bielo Rússia) que apresenta mercado de mais de 18 milhões de consumidores. “Somos membros da União Eurasiática, com 18 milhões de consumidores aptos para serem melhor explorados porque é um mercado promissor. Podemos abrir mais portas para o Brasil e expandir os negócios em países como a China, Índia e Paquistão”, adianta Ashikbayev.
Além deste mercado da UEEA, o governo cazaque pretende intensificar as vendas de urânio para o Brasil, apesar de falar em paz mundial e desarmamento nuclear, por ser considerado vítima em testes nucleares. “O governo brasileiro já compra nosso urânio e queremos trabalhar melhor na indústria nuclear”, afirma o ministro.
Convite – Outro interesse da visita, segundo ele, é convidar o presidente brasileiro Michel Temer e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, para estreitar esses laços. O embaixador Kairat Sarzhanov já havia mencionado interesse em receber representantes do governo brasileiro no maior evento de energias renováveis, que acontece neste ano em Astana, capital do Cazaquistão. “O governo do Cazaquistão espera receber os brasileiros na Expo-2017 Energia do Futuro”, anuncia Ashikbayev.
O Brasil, vanguardista em produção de energias limpas, não terá representação oficial no maior evento do segmento e que acontece a cada 4 anos, após desistência da empresa Itaipu Binacional. “Não escondo desapontamento por não ter o Brasil no evento. Já estava tudo pronto e todos os acordos assinados. Mas isso não interfere em nada nos laços que podemos desenvolver com o Brasil em outros setores, ou mesmo no de energias limpas”, assegura o ministro Ashikbayev.
A Expo-2017 Future Energy vai acontecer em Astana, capital do Cazaquistão entre os dias 10 de junho e 10 de setembro. Até o momento, não há empresas brasileiras. A sede do evento que acontece a cada 4 anos é escolhida por votação, após candidatura. A última edição aconteceu na França.