O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, estimou nesta quarta-feira (28) que a União Europeia terá de “três a quatro” vacinas contra o coronavírus Sars-CoV-2 em breve”. Segundo as nossas informações, esperamos que entre o fim desse ano e o início do próximo, três a quatro vacinas já devem estar gradualmente disponíveis”, disse Michel à rádio “RTL”, ressaltando que isso não significa “existir uma varinha mágica para vacinar todos de uma vez”.
Na entrevista, o líder lembrou que os diversos contratos com farmacêuticas e laboratórios que já foram firmados – três ao todo – e que estão em negociação – outros três – estão sendo assinados “para garantir que, quando as vacinas estiverem disponíveis, poderemos nos beneficiar com as doses que temos necessidade”.
Michel informou ainda que está negociando para “mobilizar nossos chefes de Estado e governo a acelerar” os procedimentos porque é certo que existirão “problemas de logística, conservação e realização de campanhas de vacinação”. “Quando se trata de vacinas, nós mobilizamos recursos para fazer de uma maneira que não haja caos quando elas começarão a ficar disponíveis”, disse ainda na entrevista.
Até o momento, com os três acordos já firmados em nome dos países-membros, a União Europeia reservou 1,1 bilhão de doses de três vacinas – da Universidade de Oxford e AstraZeneca (400 milhões); da Janssen, que pertence à Johnson & Jonhson (400 milhões); e do francês Sanofi com a britânica GlaxoSmithKline (300 milhões de doses).
A Comissão Europeia ainda tem pré-acordos com a alemã CureVac, para a compra de 300 milhões de doses, com a Pfizer e BioNTech, para adquirir 300 milhões, e com a norte-americana Moderna, outras 80 milhões de doses.
Quem também falou sobre a imunização foi a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, que prevê, no melhor cenário possível, que o bloco tenha até 50 milhões de doses por mês de vacinas anti-Covid “a partir de abril”.