O evento foi em comemoração ao 75º aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia, legenda única no país. “Nosso povo depositou confiança em mim, tão alta quanto o céu e tão profunda quanto o mar, mas eu falhei em sempre cumprir de forma satisfatória”, disse com a voz embargada. “Eu realmente sinto muito por isso.”
No discurso emocionado, além de pedir desculpas aos cidadãos por não ter conseguido elevar os padrões de vida, ele prestou homenagem às tropas pelo enfrentamento aos desastres naturais e pela prevenção de um surto de coronavírus. O regime adotou medidas drásticas de proteção, com o fechamento de suas fronteiras desde janeiro, uma decisão que sem dúvida agravou o impacto na população das sanções internacionais para obrigar o país a renunciar a seus programas militares proibidos.
Kim chegou a retirar os óculos para secar as lágrimas. Civis e militares também se emocionaram e choraram ao ouvir as palavras do líder do país. Esta foi a segunda vez em poucas semanas que ele pediu desculpas. No fim de setembro, a presidência da Coreia do Sul afirmou que recebeu uma carta do Norte na qual Kim Jong Un “lamentava profundamente” a morte de um sul-coreano em suas águas territoriais.
No sábado, o dirigente se comprometeu a ser melhor: “Prometo solenemente de novo, aqui, mostrar-me digno da confiança do povo, sem falta, mesmo que meu corpo precise ser feito em pedaços”.