ESTOCOLMO (Reuters) – A equipe foi premiada pelas suas descobertas sobre um dos fenômenos mais exóticos do universo, o buraco negro, informou a entidade que concede a premiação nesta terça-feira.
Penrose, professor da Universidade de Oxford, ficou com metade do prêmio pelo seu trabalho que usa a matemática para provar que os buracos negros são uma consequência direta da teoria geral da relatividade.
Genzel, do Instituto Max Planck e da Universidade da Califórnia, Berkeley, e Ghez, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, dividiram a outra metade por terem descoberto que um objeto invisível e extremamente pesado governa a órbita das estrelas no centro da nossa galáxia.O prêmio de Física é o segundo Nobel deste ano a ser anunciado, depois que três cientistas venceram a premiação de medicina na segunda-feira pela descoberta da Hepatite C.
Entre os prêmios Nobel, o de Física geralmente domina os holofotes com premiações passadas indo para estrelas da ciência, como Albert Einstein, por descobertas fundamentais sobre a formulação do universo, incluindo a teoria geral da relatividade.“As descobertas dos laureados deste ano estabeleceram novos parâmetros no estudo de objetos compactos e super massivos”, disse David Haviland, presidente do comitê do Nobel de Física, ao anunciar o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,1 milhão de dólares.
“Mas esses objetos exóticos ainda apresentam muitas questões que imploram por respostas e motivam pesquisas futuras.”Ghez é somente a quarta mulher a conquistar o Nobel de Física, depois de Marie Curie, em 1903; Maria Goeppert Mayer, em 1963, e Donna Strickland, em 2018.
Os prêmios Nobel foram criados pela vontade do empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel e são entregues desde 1901. A premiação deste ano acontece sob a sombra da pandemia de Covid-19, que limitou a maior parte das festividades que geralmente cercam os prêmios e colocou os cientistas de todo o mundo em uma corrida para desenvolver uma vacina.
Reportagem de Niklas Pollard; reportagem adicional de Johannes Hellstrom, Supantha Mukherjee, Colm Fulton e Anna Ringstrom