“Não é apropriado falar de uma reunião de cúpula Armênia-Azerbaijão-Rússia, no momento em que acontecem intensos combates”, afirmou, de acordo com a agência estatal Interfax. “Para que aconteçam negociações precisamos de uma atmosfera e condições adequadas”. O chefe de Governo considera que a Armênia e Nagorno Karabakkh não estão preparados para resolver este conflito “em detrimento de seus interesses nacionais e de sua segurança”.
Desde domingo, as forças do território de Nagorno Karabakh, apoiado política, militar e economicamente pela Armênia, e as forças do Azerbaijão travam combates que já deixaram mais de 100 mortos e são os mais violentos desde 2016. A Armênia afirmou ontem que um caça turco de apoio ao Azerbaijão derrubou um de seus aviões militares, o que foi desmentido por Ancara e Baku.
No caso de uma intervenção militar turca, o conflito ganharia uma nova dimensão. Uma guerra aberta entre Armênia e Azerbaijão poderia desestabilizar o sul do Cáucauso e implicar outras potências regionais como Rússia e Turquia. Moscou, que se considera uma espécie de árbitro regional, pediu o fim dos confrontos, assim como várias potências ocidentais.
Ontem, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma declaração por unanimidade que pede o “fim imediato dos combates”. O Azerbaijão, país de língua turca e com população de maioria xiita, quer recuperar o controle de Nagorno Karabakh, habitado principalmente por armênios cristãos, cuja secessão em 1991 não foi reconhecida pela comunidade internacional.