MOSCOU (Reuters) – Seus comentários vieram depois de Marshall Billingslea, o enviado presidencial especial para o Controle de Armas dos EUA, dizer a um jornal russo que Moscou precisa aceitar um acordo conjunto a respeito da prorrogação do tratado antes da eleição presidencial norte-americana de novembro.
“Desconfio que, depois que o presidente (Donald) Trump conquistar a reeleição, se a Rússia não tiver aceito nossa oferta, o preço do ingresso, como diríamos nos EUA, sobe”, disse Billingslea em uma entrevista ao jornal Kommersant. Ryabkov disse que a condição estabelecida por Billingslea constituiu um ultimato e reduziu as chances de se chegar a qualquer tipo de entendimento para renovar o acordo, que vence em fevereiro do ano que vem.
“Não podemos conversar desta maneira”, disse ele, segundo uma citação da agência de notícias Tass. Já de acordo com a agência RIA, ele disse que as chances de uma prorrogação do tratado são “mínimas”.O Novo Start, assinado em 2010, limita o número de ogivas nucleares estratégicas que Rússia e EUA podem mobilizar. Não renová-lo significaria a remoção do principal pilar de sustentação do equilíbrio de armas nucleares entre os dois países, o que acrescentaria outro elemento de tensão na relação bilateral já fragilizada.