Uma das figuras da luta contra o Apartheid na África do Sul, Andrew Mlangeni faleceu aos 95 anos – anunciou o presidente Cyril Ramaphosa nesta quarta-feira (22/7). Em um tuíte, Ramaphosa disse que “tomou conhecimento, com profunda tristeza, da morte (de Mlangeni) na noite de terça-feira”.
Este último havia sido internado em 14 de julho em Pretória, por dores abdominais, segundo a Presidência. Sua morte “marca o fim de uma geração”, acrescentou o presidente em um comunicado.
Mlangeni foi o último sobrevivente do julgamento de Rivonia (1963-1964), no qual vários membros proeminentes da sigla anti-Apartheid Congresso Nacional Africano (CNA), incluindo Nelson Mandela, foram condenados à prisão perpétua.
Esse julgamento entrou para a história, porque Mandela, que 30 anos depois seria o primeiro presidente negro do país, fez dele um tribuno político, chamando a atenção do mundo para sua causa. Andrew Mlangeni passou 26 anos atrás das grades.
Foi “o último monumento de uma geração corajosa de sul-africanos que abandonaram sua liberdade, suas carreiras, sua vida familiar e sua saúde para que todos fôssemos livres”, reagiu o Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu.