O presidente uruguaio disse que até o próximo domingo o governo continuará realizando testes nas fronteiras e por isso considera ser um momento prudente para que os estrangeiros se adaptem. “Depois disso, eles deverão ter um visto, que devem portar durante sua estada em nosso país. O estrangeiro que não tiver um visto que explique que realizou um teste com cotonete não poderá se mover em nosso país”, destacou Lacalle Pou em entrevista coletiva.
As declarações do chefe de governo vêm em meio a um ressurgimento de casos positivos no país vizinho, principalmente em Montevidéu, o que alarmou as autoridades. Só nesta terça-feira foram reportados 32 novos contágios em território uruguaio, 24 deles na capital. Foram 1096 casos detectados em todo o país desde o começo da pandemia, 134 deles ainda ativos, com 33 mortes.
Em relação ao novo surto, que ocorreu principalmente em centros de saúde, incluindo profissionais da saúde e pacientes de outras doenças, Lacalle Pou afirmou que gera preocupação principalmente por ter acontecido em Montevidéu. No entanto, voltou a descartar a possibilidade de uma quarentena obrigatória, como ocorre em outros países da região. O chefe de governo também lembrou que o Uruguai já retornou a várias atividades de trabalho, lazer e educação e que os protocolos para o retorno ao teatro, uma reivindicação da classe artísticas, devem ser aprovados nos próximos dias.
“Tomamos como nossa política que você não pode abrir tudo ao mesmo tempo, mas queremos insistir em algo que é fundamental: se podemos estar à altura desta reabertura e ter atividade diária é graças à parceria entre o governo e os uruguaios”, enfatizou. Ao mesmo tempo, o presidente lembrou que é proibido fazer festas, embora nos últimos dias a prefeitura de Montevidéu tenha detectado várias aglomerações clandestinas. “Seremos muito muito contundentes e firmes nesse controle. Estamos atentos a todas as medidas sanitárias que têm sido recomendadas. Que ninguém cante vitória porque estamos longe de terminar este jogo”, finalizou.