“Este ano, peço que não se limitem a renovar mas que reforcem o apoio aos sírios”, disse Guterres, intervindo numa quarta conferência sobre o apoio ao futuro da Síria e da região, que decorreu através da Internet.
Também o secretário-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, apelou ao “reforço do financiamento que permite que as organizações humanitárias continuam a prestar assistência” no país.
Após quase uma década de guerra civil, há na Síria 12 milhões de deslocados, seis milhões internamente e outros tantos refugiados foram do país, e a situação humanitária, nomeadamente a fome e a má nutrição, degradou-se com a pandemia da covid-19. “Os alimentos duplicaram de preço”, salientou Guterres.
Por seu lado, Vitorino pediu às partes em conflito para que permitam a distribuição da ajuda às populações. As instituições da União Europeia (UE) comprometeram-se hoje a apoiar com 2,3 mil milhões de euros os deslocados e refugiados sírios.
A ONU, que coorganiza com a UE a conferência de doadores, estima que seja precisa uma verba de 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros) para a ajuda humanitária aos sírios. Em 2019, foram reunidos sete mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros).