No total, o país somou 390 mil novas infecções nesse período, o que demonstra a dificuldade para o controle da doença. A lista está sob debate entre os 27 países da UE que, no início da próxima semana, terão de bater o martelo. O objetivo do bloco é de reabrir as fronteiras externas da Europa a partir do dia 1 de julho. Mas apenas para um grupo seleto de países.
A Grécia, por exemplo, já deu o passo inicial e, em sua lista, incluiu a China e outros asiáticos. Mas deixou o Brasil de fora. No caso da UE, critérios foram estabelecidos. Um dos principais se refere ao número de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. O período é considerado como fundamental pois se trata do tempo de incubação do vírus.
Na Europa, a taxa atual de infecção é de cerca de 15 e o objetivo é de que a reabertura ocorra para países com taxas similares. No caso do Brasil, porém, a taxa é mais de dez vezes superior. O EUA também ficariam de fora da primeira lista, por esse critério. Nos bastidores, porém, diplomatas revelam à coluna que existe um trabalho de parte dos governos para tentar avaliar o impacto da reabertura para o setor do turismo. O fechamento de alguns desses países para russos e americanos em pleno verão europeu representaria um golpe importante para os planos de retomada econômica.
Mas os recentes aumentos de casos em Lisboa e na Alemanha revelam que o controle da doença precisa continuar sendo uma prioridade, mesmo num período de reabertura. Tais casos dentro da UE devem reforçar a posição daqueles que insistem em uma abertura gradual para países de fora.