Em Brasília, embaixador Burhanul Islam fez almoço festivo para comemorar a ocasião. Em seu discurso, falou, já em tom de despedida, das relações diplomáticas com o governo e ressaltou admiração pela cordialidade brasileira. O diplomata se aposenta esse mês e volta ao país dele.
| Oda Paula Fernandes
O embaixador do Paquistão no Brasil, Burhanul Islam, reuniu na sede da embaixada, diplomatas, representantes dos governos distrital e federal brasileiro para almoço em comemoração aos 70 anos de independência daquele país. A data foi celebrada antecipadamente no dia 09 de março com um Buffet de comida paquistanesa ao ar livre.
Islam disse, em seu pronunciamento, que o Paquistão tem portas abertas e que espera, por parte do governo brasileiro, maior interação e intercâmbio, inclusive dos parlamentares. “O comércio e investimento são o foco do Paquistão, como objetivo de aumentar o comércio bilateral com o Brasil”, assegura o embaixador.
Segundo o diplomata, os indicadores econômicos do Paquistão apontam crescimento e nessas sete décadas o país tem destaque para diversas áreas, política, científica, tecnologia e tecnologia da informação, assim como na econômica, que são áreas de destaque no cenário internacional. “Em 2016 a taxa de crescimento foi de 4,7% e esperamos, para este ano, mais de 5%”, completa.
Responsável pelas relações Brasil e Paquistão, o subcretário geral de Ásia e Pacífico do Itamaraty e também diretor do departamento Ásia Central e Meridional, o embaixador Ary Quintela, adiantou que na agenda de negociações entre os dois países, uma viagem a Islamabad, no Paquistão, que começou hoje (22). Durante a visita, segundo ele, estão previstas reuniões de consultas políticas na chancelaria paquistanesa. “Vamos revisar toda relação bilateral, que é extensa, ampla e profunda. Cobre vários aspectos como agenda internacional, a situação na Ásia Central – onde o Paquistão é um país de muita influência”adiantou o diplomata brasileiro, Quintela.
Para finalizar, o embaixador Burhanul Islam agradeceu a receptividade que agradável do brasileiro nos dois anos em que esteve à frente da embaixada em Brasília. O Brasil foi o último país em que Islam atuou, oficialmente, como diplomata do Paquistão. Ao se aposentar, já nas próximas semanas, ele retorna à capital, Islamabad. “Vou sentir saudade do Brasil. Da fauna, da flora e do modo acolhedor do povo brasileiro”, evidencia o diplomata.
Paquistão – Há mais de 3.000 anos a.C., começava a história do Paquistão quando os habitantes do vale do rio Indo resolveram se agrupar em estados. Diversos povos invasores – persas, árabes, mongóis e ingleses – assentaram-se na região e criou-se uma das civilizações mais avançadas da antiguidade.
O Paquistão foi fundado em 1947, sendo divido em Paquistão ocidental e oriental, separados por 1.700 quilômetros, até que, em 1971, o estado paquistanês oriental, com o apoio da Índia, conseguiu a separação que deu origem ao Bangladesh.
Curiosidades – Com parte do seu território situado na cordilheira do Karakorun, o Paquistão possui mais de 100 montanhas acima dos 7 000 metros. Foi no Vale do Indo, na província paquistanesa do Sind, que surgiu um dos primeiros aglomerados urbanos do mundo. Chamada de Moenjo-daro – “Monte dos Mortos” na língua do Sind – acredita-se que essa província seja tão antiga quanto as civilizações do Egito e Mesopotâmia.
No Paquistão, as cidades mais populosas são Lahore, Karachi, Rawapindi, Faisalabad e Multan. Karachi é uma das cinco cidades mais populosas do mundo, 13 milhões de habitantes. A capital do país é Islamabad e o nome significa, em urdu, “Morada do Islã”. Mais de 160 línguas são faladas em território paquistanês, no entanto, as línguas oficiais são o inglês e o urdu – língua de origem indo-europeia com forte influência árabe, persa e turca.