A transferência das embaixadas do Rio de Janeiro, antiga capital federal, para Brasilia, foi o primeiro marco para sua concretização como cidade internacional, que hoje sedia mais de 130 Embaixadas e diversos organismos internacionais. São seis décadas de instalação na capital, mas Brasil e Irã já mantêm relações diplomáticas há 117 anos.
Há 60 anos, em 21 de abril de 1960, a nova capital do Brasil era inaugurada, assumindo o posto central das relações políticas nacionais e internacionais. Menos de dois meses depois, em 7 de junho de 1960, o Presidente Juscelino Kubitschek inaugurou a primeira representação diplomática em Brasília, a Chancelaria iraniana, que retratou a confiança do Governo do Irã no projeto desenvolvimentista de Kubitscheck. Naquela oportunidade, declarou o então embaixador iraniano, Marmud Foroughi, “Essa casa é pequena demais para dizer da simpatia que o povo iraniano dedica a este jovem e progressista Brasil”.
Para celebrar esse importante fato histórico, no ultimo domingo (07/06) o Embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, recebeu convidados para uma cerimônia simbólica de reinauguração da Embaixada, também como manifestação de solidariedade e amizade entre o Brasil e o Irã. “Estou honrado pelo fato de o Irã ter sido o primeiro país que abriu sua Embaixada na bela cidade de Brasília”, celebra o Embaixador.
Na cerimônia estiveram presentes apenas a neta do Presidente Juscelino Kubitschek, Anna Cristina e seu esposo Paulo Octávio, o jogador Lúcio e a Chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Gabinete do Governador do Distrito Federal, Renata Zuquim, que foram recepcionados pelo Embaixador.
A Embaixada do Brasil no Irã, em Teerã, representada pelo Embaixador Rodrigo Azeredo, também celebrou a ocasião, em tempo real, com a Embaixada do Irã em Brasília. Nas relações entre o Brasil e o Irã, estabelecidas desde 1903, registram-se iniciativas de cooperação entre os países em diferentes áreas de interesse comum, como energia (hidroeletricidade e energias renováveis), ciência e tecnologia e capacitação industrial.
Temas sociais, educacionais, culturais e esportivos também pautam a relação, inclusive porque uma das paixões do povo iraniano é o futebol brasileiro. A população do país tem especial admiração pelo ex-zagueiro da seleção brasileira, o brasiliense Lúcio, que jogou no Irã em 2006 defendendo o Bayern de Munique contra o Persépolis F.C. e sentiu-se calorosamente recepcionado pelo povo iraniano. Destaca-se também a parceria comercial com o país, que representa hoje o maior mercado para o milho brasileiro e o quinto maior destino da carne bovina e da soja exportadas pelo Brasil.
Brasília e o Irã – Além do forte laço entre nossa cidade e o Irã pela abertura da primeira chancelaria representada na capital, Brasília tornou-se cidade irmã de Teerã, capital daquele país, em outubro de 1996. O acordo de irmanação visa contribuir ao estabelecimento de uma maior cooperação, amizade e solidariedade, fortalecendo o desenvolvimento de um sistema permanente de intercâmbio de informações para a ampliação do conhecimento mútuo através da colaboração nas áreas social, cultural, esportiva, econômica, comercial e de meio ambiente.