Em declarações ao jornal alemão ‘Die Welt’, Ylva Johansson disse querer fazer um “combate mais eficaz” contra a pedofilia através de uma cooperação mais estreita entre as empresas na Internet. “Desde o início da pandemia da covid-19 que a procura de conteúdos sexuais envolvendo menores aumentou 30% em alguns estados-membros”, sublinhou.
Este novo plano, que segundo a comissária será apresentado “brevemente”, prevê a criação de um novo centro da União Europeia para ajudar os países a “investigar, prevenir e combater os abusos sexuais de menores” e facilitar a partilha de informação.
“Precisamos de estratégias de prevenção, mas também devemos aplicar a lei quando elas não são cumpridas e mostrar que os nossos valores são importantes tanto na Internet como na vida real”, acrescentou. Os especialistas costumam fazer soar o alarme sobre crianças vulneráveis que vivem trancadas em casa em confinamento, à mercê dos agressores e excluídas da ajuda externa.
Milhões de crianças também passaram mais tempo ‘online’ durante o período de confinamento correndo assim o o risco de serem alvos de pedófilos. A polícia de Münster (Alemanha Ocidental) anunciou este sábado a detenção, em diferentes regiões alemãs, de 11 pessoas suspeitas de terem abusado sexualmente de várias crianças e de terem filmado os atos. Discos rígidos com 500 ‘terabytes’ de dados, incluindo vídeos e fotos, foram apreendidos na cave de um homem de 27 anos, residente em Münster.
Os investigadores identificaram pelo menos três crianças, com idades entre 5, 10 e 12 anos, como vítimas. E é precisamente na Alemanha que se encontra detido o principal suspeito de rapto da menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu na Praia da Luz, em Lagos, no Algarve a 03 de maio de 2007, poucos dias antes de fazer quatro anos. Segundo os procuradores da cidade de Stendal, a cerca de 100 quilómetros a oeste da capital Berlim, Christian Brueckner, de 43 anos, poderá estar associado ao desaparecimento em 2015 de uma outra menina de cinco anos.
O suspeito alemão tinha uma propriedade a 100 quilômetros a sudoeste de Stendal, na cidade de Neuwegersleben, quando a menina desapareceu. Os seus crimes incluem o abuso sexual de uma criança em 1994, quando teria cerca de 17 anos e pelo qual foi julgado num tribunal de menores, bem como um caso em 2016, no qual foi condenado por abuso de outra criança e por posse de pornografia infantil. Outras condenações abrangem também acusações de tráfico de droga, roubo e infração na posse de arma.