Ministro da Agricultura visita Expodireto, no RS, com comitiva de 40 diplomatas para estimular comércio internacional
| Oda Paula Fernandes
A maior delegação de diplomatas acompanhada do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, foi explorar mais os setores da agricultura brasileira, para futuras relações comerciais. A iniciativa tem o objetivo de apresentar aos países a agricultura, as máquinas e a tecnologia de ponta expostas na 18ª edição da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, Rio Grande do Sul (RS). A próxima edição da vai ocorrer entre os dias 5 a 9 de março de 2018.
Em 84 hectares os 511 expositores mostraram o melhor nos setores de tecnologia e defensivos, máquinas agrícolas, agricultura familiar, equipamentos e a participação de 70 países. Ávidos pelo agronegócio brasileiro, os diplomatas, espalhados por estandes de máquinas e em lavouras experimentais, buscaram informações para estreitar relações comerciais. “Muitos negócios externos são concretizados a partir de contatos feitos por diplomatas aqui na feira”, conta Leonardo Einsfeld, um dos coordenadores da área internacional da Expodireto.
O interesse dos diplomatas é principalmente pela tecnologia de produção e pela compra de implementos e grãos. Os equipamentos apresentados mostram o que existe para o futuro, na agricultura de precisão. “O Brasil conta com uma agricultura forte, baseada em ciência e tecnologia desde os primórdios da criação da Embrapa. Hoje como diplomatas visitantes, eles podem ser nossos clientes no futuro e, por isso, nosso carinho em trazê-los para conhecer a feira”, destacou Maggi.
Recordes e negócios – Os números finais da feira revelam que além de ter a maior comitiva de embaixadores da história da feira – delegação de 33 embaixadores, 7 diplomatas e mais de 70 países presentes nesta edição que dialogaram com o agronegócio local – nesta edição, a feira superou a expectativa inicial de crescimento de 15% e movimentou entre os expositores R$ 2.120.205.000, uma alta de 34% em comparação com 2016.
Desse total, os bancos contabilizaram R$ 1.631.160.000 e os bancos de fábrica somaram um total de R$ 259 milhões. Os recursos próprios fecharam em R$ 189 milhões e o Pavilhão Internacional teve R$ 40 milhões. Já a agricultura familiar teve um acréscimo de 9%, contabilizando R$ 1,045 milhão. De acordo com declarações do presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, esta é a maior comitiva de embaixadores da história da feira. Todos os países representados dialogaram com o agronegócio local.
Para o embaixador da Nigéria no Brasil, Adamu Azimeyeh Emozozo, a vinda à feira junto do ministro é de extrema importância para que a Nigéria conheça a tecnologia de máquinas e equipamentos oferecida no Brasil. “Atualmente 70% da população do país trabalha na agricultura e compra equipamentos da Europa”, declarou o embaixador nigeriano.
Emozozo vê grandes possibilidades de fechar negócios futuros, já que pela similaridade de terrenos entre os dois países, as máquinas e equipamentos daqui são adequadas à terra e campos de plantio do país africano. “Durante esta visita não devemos fechar negócio, mas após conhecer os produtos vamos encaminhar uma equipe técnica para o Brasil para visitar fabricantes, cooperativas, lavouras e posteriormente fecharmos negócio”, disse.
O ministro da Agricultura disse ainda que o Brasil precisa intensificar a exportação de alimentos, hoje em 6,9%, para 10%. Diante da atual política norte-americana, o México se torna um iminente parceiro comercial. “Todos os países que estão aqui representados são potenciais clientes do Brasil”, salientou o ministro da Agricultura.
Com a projeção de uma colheita histórica de grãos no Rio Grande do Sul (acima de 33 milhões de toneladas) alguns produtores aproveitaram a feira para investir em soluções tecnológicas e aumentar a produtividade das lavouras. “Encerramos a Expodireto realizados. A feira de 2017 trouxe esperança e otimismo para a economia. Temos o compromisso de fazer uma feira igual, ou melhor, em 2018”, afirmou Mânica.