Lausana, Suíça – Em plena crise do coronavírus, “não é necessário tomar decisões radicais”, afirmou nesta terça-feira (17/3) o Comitê Olímpico Internacional (COI), a pouco mais de quatro meses da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O COI, que reuniu por telefone nesta terça (17/3) sua comissão executiva, segue “plenamente engajada” com os Jogos de Tóquio (24 de julho-9 de agosto) e garantiu em comunicado que “toda especulação neste estágio seria contraproducente”, referindo-se a um possível adiamento ou cancelamento do evento.
Assim, no mesmo momento em que a Uefa e a Conmebol anunciaram o adiamento para o ano que vem de suas duas principais competições, a Eurocopa e a Copa América, respectivamente, o COI prefere esperar para tomar uma decisão, apesar do ceticismo crescente no Japão e do apelo de diversos atletas para a suspensão dos Jogos.O COI afirmou novamente estar “confiante que as numerosas medidas tomadas pelas autoridades no mundo todo ajudarão a conter a situação em relação ao vírus do Covid-19”.
A entidade comemorou o apoio recebido de dirigentes do G7, citando em seu comunicado o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que deseja que os Jogos Olímpicos se desenvolvam “à perfeição, como prova que a humanidade terá conseguido vencer o novo coronavírus”. O COI “incentiva todos os atletas a continuarem se preparando” para os Jogos “da melhor maneira possível”.
E, para responder às incertezas das federações internacionais em relação às competições classificatórias que precisaram ser adiadas, o COI fará uma nova reunião por telefone nesta terça-feira. Somente 57% dos cerca de 11.000 atletas que devem disputar os Jogos de Tóquio já garantiram classificação para o evento, explicou a entidade.
Para os outros 43% dos atletas, o COI afirmou que trabalhará em conjunto com as federações internacionais para oferecer “modificações práticas necessárias para seus respectivos sistemas de classificação”.