Redação
A resolução deve ser assinada na próxima semana durante uma visita do presidente Jair Bolsonaro a Miami. Politicamente conhecida pela sigla RDT&E (sigla inglesa para pesquisa, desenvolvimento, testes e avaliação), o acordo servirá para Bolsonaro dizer que a sua opção pelo alinhamento automático aos EUA de Donald Trump está rendendo frutos. Ele começou a ser negociado ainda no governo de Michel Temer (MDB), mas a aproximação entre Bolsonaro e Trump acelerou as tratativas.
Em março de 2019, o Brasil recebeu o status de aliado privilegiado fora da Otan (a aliança militar ocidental). Isso em si não significa nada sem tratados específicos, e essa lacuna deverá começar a ser suprida pelo RDT&E. Por ser internacional, o acordo precisa de ratificação dos Congressos dos dois países. A expectativa no Itamaraty é de uma tramitação rápida, ao estilo daquela do texto salvaguardas que permitirá aos EUA lançar foguetes da base de Alcântara (MA), em cerca de seis meses.
O RDT&E irá permitir que os dois governos assinem acordos de projetos. Com isso, as empresas de ambos países podem ser selecionadas e contratadas para tocar programas, que sempre terão a gerência de autoridades brasileiras e americanas.