Aposição foi comunicada na sequência de uma reunião extraordinária da Liga Árabe sobre o projeto de paz norte-americano. “Informamos que não haverá qualquer tipo de relação convosco (israelitas), bem como com os Estados Unidos, incluindo em matéria de segurança, à luz” do plano americano, que é uma “violação dos acordos de Oslo” assinados com Israel em 1993, disse o presidente da Autoridade Palestiniana, no Cairo.
Abbas, que afirmou ter transmitido a mensagem ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou ao Estado hebreu para “assumir as responsabilidades como potência ocupante” dos territórios palestinianos. Os palestinianos “têm o direito de continuar a luta legítima pelos meios pacíficos para pôr fim à ocupação”, acrescentou.
O plano norte-americano, divulgado na terça-feira por Donald Trump, e que prevê a anexação de partes da Cisjordânia ocupada por Israel, suscitou a aprovação de muitos israelitas, mas provocou a cólera dos palestinianos. Entre os vários pontos sensíveis do projeto figura a anexação por Israel dos colonatos que implantou na Cisjordânia ocupada desde 1967, em particular no vale do Jordão, que deverá tornar-se a fronteira oriental de Israel.
Os colonatos israelitas instalados nos territórios palestinianos ocupados por Israel desde 1967 são considerados ilegais pela ONU e grande parte da comunidade internacional vê neles um obstáculo maior à paz. Se a colonização da Cisjordânia ocupada por Israel é prosseguida por todos os governos de israelitas desde 1967, o processo acelerou-se nos últimos anos, impulsionado por Netanyahu e o seu aliado em Washington, Donald Trump.