Brasília – Após três anos de déficits acumulados, o Brasil voltou a registrar em 2016 superávit de US$ 2,295 bilhões no comércio com os 28 países-membros da União Europeia. O saldo deveu-se a exportações no total de US$ 33,357 bilhões e importações da ordem de US$ 31,062 bilhões. No ano passado, as exportações brasileiras para o bloco europeu tiveram uma queda de 1,74% comparativamente com 2015, enquanto as vendas europeias para o Brasil apresentaram uma forte contração de 15,24%.
Em 2016, a União Europeia foi o destino final de 18,01% das exportações totais brasileiras e respondeu por 22,58% de todo o volume importado pelo Brasil. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os produtos básicos foram o principal item da pauta exportadora brasileira para os países europeus, com uma participação de 44,4% (queda de 9,7% em relação a 2015) e uma receita de US$ 14,8 bilhões. A seguir vieram os bens manufaturados, responsáveis por 37,8% das exportações, com alta de 6,8% e receita de US$ 12,662 bilhões. Já os produtos semimanufaturados tiveram uma ligeira alta de 2,9%, participação de 16,9% nas exportações e geraram US$ 5,63 bilhões em receita.
A pauta exportadora brasileira para a União Europeia foi liderada por farelo e resíduos de soja, responsáveis por 8,8% de todo o volume exportado e por uma receita da ordem de US$ 2,93 bilhões. Outros destaques da pauta foram café cru em grão (receita de US$ 2,59 bilhões e participação de 7,8%), soja mesmo triturada (participação de 5,9% e receita de US$ 1,98 bilhões) e minério de ferro (correspondentes a 5,5% das exportações e receita em torno de US$ 1,84 bilhão).
Enquanto as exportações brasileiras contaram com uma participação equilibrada entre os produtos básicos (44,4%) e os bens manufaturados (37,8%) os embarques europeus estiveram fortemente concentrados nos produtos industrializados, de maior valor agregado. Essa categoria de produtos respondeu por 94,8% das vendas totais ao Brasil, no montante de US$ 29,45 bilhões, contra US$ 1,02 bilhão em produtos semimanufaturados e US$ 587 milhões em produtos básicos.