Maior economia da Ásia Central, o Cazaquistão festejou, essa semana, as duas datas importantes para a nação cazaque. Em Brasília, o evento comemorativo foi no hotel Royal Tulip, na última sexta-feira (29), com vídeos sobre o país, música e coquetel para o corpo diplomático. Na ocasião, o embaixador Kairat Sarzhanov, afirmou que “a cooperação com a América Latina faz diferença” e que há planos de se manter os laços e explorar novas oportunidades de parceria com o Brasil.
Quando o Dia do Primeiro Presidente foi celebrado em todo o Cazaquistão, em dezembro de 2018, o país não tinha ideia dos eventos que estavam por vir. Pouco mais de três meses depois, o primeiro presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, anunciou que estava deixando o cargo que ocupava desde que o país conquistou sua independência. Sua decisão foi um momento importante para um país, segundo o embaixador do Kairat Sarzhanov, lembrando que após passar por esse período, em junho de 2019, ocorreu a eleição presidencial e Kassym-Jomart Tokayev foi empossado.
Em seu discurso, Kairat Sarzhanov destacou ainda que, pela primeira vez, o Brasil foi representado nas eleições pelos senadores que participaram como observadores internacionais e que a mudança de líder não muda os planos de crescimento cazaques. “Enfatizo que o objetivo estratégico e prioridades políticas do Cazaquistão continuam inalterados”. No âmbito comercial, o embaixador frisou que a cooperação com países da América Latina faz muita diferença para o país e que o volume de comércio entre Brasil e Cazaquistão cresceu em 2019.
Eixo de intercâmbio – Representando o Itamaraty, o embaixador Ary Quintella ressaltou, em sua fala, que o Cazaquistão vem se engajando de maneira construtiva na ordem internacional. “Mais do que servir de elo geográfico entre a Ásia do leste, a Rússia, o Oriente Médio e a Europa, o Cazaquistão almeja ser um eixo de intercâmbio e de convergências de idéias”.
O diplomata lembrou que o país sedia tanto fóruns quanto encontros internacionais de grande prestígio, dentre os quais a EXPO 2017 e a próxima reunião ministerial da OMC. Quitella recordou ainda parceria importantes com o Brasil como o Memorando de Entendimento entre a Embrapa e o Centro Nacional de Ciência Agrária e Educacional do Cazaquistão, o Certificado Zoossanitário para exportação de bovinos vivos, bem como a aquisição de quatro aeronaves brasileiras da Embraer pela Air Astana.
Comércio Exterior – Em 2018, o Brasil exportou US$ 80,3 milhões para Cazaquistão, e importou US$ 35,7 milhões, o que resultou em superávit superior a US$ 44,5 milhões. Já nos últimos primeiros meses de 2019, as exportações brasileiras somam US$ 28,4 milhões e as importações US$ 11,6 milhões, com superávit de US$ 16,6 milhões.
Quase três décadas depois de sua independência, o Cazaquistão não é apenas de longe a maior economia da Ásia Central, mas agora está entre os 50 principais países desenvolvidos do mundo. Sua florescente economia de mercado aberto continua atraindo investidores e parceiros de negócios de todos os continentes.