Taiwaneses comemoram nessa quinta-feira, 10 de outubro, mais um aniversário da revolução. Em Brasília, a celebração da data nacional foi antecipada para o dia 08/10, no restaurante NAU, com a presença do representante do escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil, o embaixador Jian Guen Her. Além do coquetel, um quarteto de Brasília tocou músicas tradicionais e folclóricas. Uma mostra de cinema do país, no Cine Brasília, de hoje (09/10) até domingo (13/10), também faz parte das comemorações. As sessões têm entrada franca.
“É uma alegria, essa é uma data especial”, disse o embaixador Jian Guen Her. Ele apresentou dados do país, que é insular e tem mais de 36 km2 e uma população de 23 milhões de habitantes, ou seja, mais populosa proporcionalmente do que 75% da ocupação das áreas do mundo. Em 2018, o PIB foi de 589 bilhões de dólares. “Taiwan tem um papel ativo no mercado global. O nosso comércio exterior está em 19º posição no mundo, com volume de 722 bilhões de dólares”, disse o diplomata. Her Afirmou que a sociedade taiwanesa é harmoniosa, tranquila e acolhedora com os visitantes, e o país um “lugar seguro, cada vez mais agradável, com ótima economia e excelente sistema de saúde”.
Segundo Jian Guen Her, o Brasil é o primeiro parceiro de Taiwan na América Latina, com fluxo comercial de 3.300 milhões de dólares em 2019, 14% a mais do que em 2018. O Brasil exporta para esse Tigre Asiático soja, óleos, trigo, milho, celulose, minério de ferro e de cobre. Importa de Taiwan componentes eletrônicos, equipamentos elétricos, produtos de plásticos, fibras e têxteis. O embaixador explicou que Taiwan ainda não é membro de nenhuma organização mundial e teve apoio de 41 parlamentares brasileiros para mudar essa situação. Ao final, conclamou aos presentes a brindar pelos dois países, desejando-lhes prosperidade e sucesso.
Geografia – Taiwan, Formosa ou República da China fica na Ásia, a 180 km a leste da China. Compreende a ilha de Taiwan e outras adjacentes: as Pescadores, a de Pratas e outras perto da costa chinesa. A capital é Taipé, fica no Norte e é conhecida pelos mercados noturnos, pela arte imperial chinesa no Museu do Palácio Nacional, e pelo Taipei 101, edifício em forma de bambu com 509m de altura e uma plataforma de observação. O país possui cidades modernas, templos tradicionais chineses, resorts de águas termais e belo relevo montanhoso. A língua oficial é o Mandarim. Taipé (com 2.5 milhões de habitantes), Kaohsiung (1.4 milhões), Taichung (1 milhão), Tainan (718 mil) e Panchiao (519,5 mil habitantes) são as principais cidades.
História* – os habitantes originais de Taiwan chegaram à ilha entre 12 mil e 15 mil anos atrás, aproximadamente. Acredita-se que diferentes grupos tenham vindo das ilhas do Pacífico e do sul da China. Milhares de anos depois, colonizadores europeus e chineses aportaram. Navegadores portugueses visitaram a ilha pela primeira vez em 1590 e a chamaram de Formosa (palavra que é sinônimo de bonita). Durante muitos anos a ilha foi conhecida no Ocidente por esse nome. No início do século XVII, a escassez de alimentos no sudeste da China fez com que muitos chineses se mudassem para Taiwan. Por volta da metade do século XVII, comerciantes holandeses haviam tomado o controle da ilha.
Em 1894–95, Japão e China lutaram entre si durante a Guerra Sino-Japonesa. No final da guerra, o Japão tomou o controle de Taiwan. Ao longo da primeira metade do século XX, Taiwan serviu como uma importante fonte de arroz, açúcar e bananas para o Japão. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939–45), os japoneses também usaram a ilha como base militar, da qual lançaram poderosos ataques que tinham como alvo o sudeste asiático. Em 1945, com o fim da guerra e a derrota do Japão, Taiwan voltou a ser controlada pela China.
Cinema – A Mostra de Cinema Taiwanês 2019 terá 10 filmes e será aberta hoje (9), às 19h, no Cine Brasília, com coquetel, seguido de apresentação da obra Cabo No. 7, que conta a história de Aga. Ele deixou a cidade de Hengchun por Taipei na esperança de se tornar cantor, mas após 10 anos de trabalho duro, volta pra casa sem ter realizado seu sonho. Os filmes serão exibidos até o dia 13 de outubro. Entre eles, está o documentário A Foley Artist, sobre o Mr. Hu Ding-Yi, especialista taiwanês experiente na arte de foley, técnica que consiste em adicionar efeitos sonoros aos filmes, como sons de passos e portas se abrindo e fechando.
Outro destaque da programação é o filme Dust in the Wind (Poeira no vento), de Hou Hsiao-Hsien, que compõe a trilogia do diretor e explora o processo de amadurecimento do garoto Ah-yuan, que se alista ao Exército e acaba perdendo seu amor de infância. Sábado, 12/10, às 16h, será exibido Crystal Boys (Rapazes Cristais), obra que denuncia a homofobia em Taiwan, na década de 1970. A obra ganhou repercussão este ano, após Taiwan se tornar o primeiro país da Ásia a legalizar o casamento homoafetivo. Após o filme, às 18h, haverá debate, “Cinema taiwanês: um olhar em retrospecto”, com o diretor Yu Kang-Ping; a curadora Ju, Hsin-Hsieh; o editor-chefe da Revista de Cinema, Bruno Andrade; e o o embaixador Jian-Gueng Her. A mostra de Cinema Taiwanês é organizada pelo Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil. A entrada é gratuita.
Mais informações no site: http://www.cultura.df.gov.br/greta-com-interpretacao-de-marco-nanini-entra-em-cartaz-no-cine-brasilia/
*fonte: https://escola.britannica.com.br/artigo/Taiwan/482627#toc-293103