Três comitês da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos emitiram intimações nesta sexta-feira (27) para o secretário de Estado Mike Pompeo – nome forte do governo de Donald Trump. A medida serve para obrigá-lo a entregar documentos sobre contatos com a Ucrânia.
Os parlamentares alegam que o governo norte-americano não forneceu, dentro do prazo, documentos e informações sobre contatos com autoridades ucranianas. A Casa Branca também não entregou mais da detalhes de uma ligação telefônica de julho entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky – peça chave da investigação de impeachment iniciada pela presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi.
Além das intimações a Pompeo, os comitês de Relações Exteriores, Inteligência e Supervisão da Câmara também agendaram depoimentos para cinco autoridades do Departamento de Estado nas próximas duas semanas:
- a ex-embaixadora dos EUA na Ucrânia Marie Yovanovitch em 2 de outubro;
- o embaixador Kurt Volker, representante especial dos EUA na Ucrânia, em 3 de outubro;
- o subsecretário adjunto George Kent em 7 de outubro;
- o conselheiro Ulrich Brechbuhl em 8 de outubro;
- o embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland em 10 de outubro.
Pelosi defende impeachment
Os democratas não tiveram outra opção a não ser lançar uma investigação para um processo de impeachment de Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.
Ela ressaltou que o presidente dos Estados Unidos pôs a segurança nacional em risco ao solicitar à Ucrânia que investigasse seu rival político Joe Biden. A Casa Branca prometeu, na quinta-feira (26), resistir “à histeria e às falsas narrativas” dos democratas, depois que foram divulgados os detalhes do relatório do denunciante.
“Nada mudou com a publicação deste relatório, que nada mais é do que uma compilação de relatos de terceiros sobre eventos e de recortes de imprensa improvisados”, disse a porta-voz de Trump, Stephanie Grisham.