Durante essa semana vários eventos movimentaram Cuba. Chefes de estados transmitiram ao presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, seus melhores votos de progresso e prosperidade para o povo da ilha. Em Brasília, a embaixada de Cuba celebrou antecipadamente a data, no dia 24, com ato político-cultural, no Teatro dos Bancários, na 913 Sul.
A cerimônia contou com a apresentação do grupo musical Sabor de Cuba, que trouxe no repertório canções lendárias cubanas, e com a exibição do documentário “A Voz da Inocência”, sobre os direitos das crianças cubanas e uma homenagem ao líder cubano Fidel Castro, responsável por projetos dedicados a elas.
“Não foi uma ação apenas para tirar Batista e seus cúmplices do poder, foi o início do processo para transformar todo o eixo político, econômico e social, em Cuba, e pôr fim à opressão, à miséria, ao desemprego, à insalubridade e a falta de cultura que pesava sobre o país e o povo”, destacou o Primeiro Secretário da embaixada de Cuba no Brasil, Alejandro Malmierca Castaño. Em seu discurso, ele também lembrou o bloqueio contra Cuba, que recebe a imensa rejeição da comunidade internacional e seus prejuízos acumulados chegam a mais de 933 bilhões de dólares.
O Presidente da Associação Nacional de Cubanos residentes no Brasil (Ancreb), Alexis Gonzalo, destacou o papel dos combatentes no episódio e exaltou a qualidade de vida em Cuba 66 anos após a revolução. “Hoje, estamos aqui reunidos recordando aqueles que deram sua vida para que milhares de cubanos pudessem desfrutar hoje de sua soberania plena, com uma reforma agrária e urbana, com uma saúde de primeiro mundo e uma grandiosa qualidade de vida para crianças, jovens e idosos. Nesse momento que eu discurso, milhões de crianças no mundo estão sem teto e sem comer, mas nenhuma delas é cubana”, disse.
História – Em 26 de julho de 1953 um grupo de revolucionários cubanos assaltaram os orientais quartéis de Santiago de Cuba (Guillermón Moncada) e de Bayamo (Carlos Manuel de Gramas), atos que iniciaram a luta libertária que culminou em 1º de janeiro de 1959 com o triunfo da Revolução.
Apesar de não terem obtido êxito no episódio, a tentativa ficou marcada pela bravura dos combatentes. O líder cubano Fidel Castro foi descoberto e preso pelas tropas do ditador Fulgêncio Batista juntamente com os demais guerrilheiros. Fidel fez sua defesa sozinho perante os militares e entrou para os livros ao afirmar que a história o absolveria. Assim aconteceu.
Em 1955, Fidel e os demais presos políticos em Cuba foram anistiados e o grupo liderado por Castro se dirigiu ao México. Lá, o líder cubano conheceu Che Guevara e juntos participaram da revolução cubana, conhecida como Movimento 26 de julho, e destituíram o general Batista do poder em Cuba.