Brasília – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu um encontro, na terça (16), em Brasília, com adidos agrícolas de 22 países que compõem o grupo Diplomatas da Agricultura do Brasil (DAB) para apresentar o trabalho do Sistema CNA/Senar e discutir temas como o futuro do agro, meio ambiente, assuntos fundiários e relações de trabalho e previdência social.
“É muito importante fazer isso porque precisamos de diálogo. Queremos estimular o debate sobre a agricultura e pecuária para que as pessoas entendam melhor a importância desse setor para o mundo”, afirmou a superintendente de Relações Internacionais da Confederação, Lígia Dutra.
Ela mostrou aos adidos a estrutura e os números do Sistema CNA/Senar e destacou o potencial de crescimento do setor agropecuário brasileiro com foco em cinco cadeias prioritárias: café, apicultura, pesca e aquicultura, frutas, flores e vegetais e lácteos.
“Hoje o comércio é altamente regulado por normas internacionais e essas normas têm de ser construídas em conjunto porque o impacto na produção é muito forte. Esse grupo quis vir à CNA conhecer o agro brasileiro e levar em conta a opinião do produtor rural. É algo marcante que mostra como eles estavam querendo informação e precisavam de um interlocutor para esse debate”, afirmou.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, falou sobre a evolução da agropecuária brasileira, que se tornou mais sustentável com a introdução da tecnologia no campo, e da legislação ambiental, reforçando o uso racional de defensivos na agricultura brasileira.
“São grandes os desafios que a produção rural brasileira tem pela frente, mas ela mostra que a sua base é sólida. O governo fez seu papel e o produtor rural tem feito o seu, com o objetivo de melhorar cada vez mais, porque temos muito ainda a crescer.
E os nossos números dão bons exemplos de que produção e preservação podem ser trabalhadas em conjunto.”
As relações de trabalho e a previdência social também foram temas tratados durante o encontro. Rodrigo Hugueney, assessor jurídico da CNA, fez palestra sobre as normas que regulam o trabalho no setor agropecuário e afirmou que a Reforma da Previdência trará mais competitividade ao País.
Na avaliação do adido agrícola da Embaixada da França, Franck Foures, o encontro foi muito importante para conhecer mais o setor. “Nosso papel como adido agrícola é conhecer a produção desse país, que tem uma agricultura muito grande e interessante. Aprendi muitas coisas importantes que podem ser compartilhadas, por exemplo, com as autoridades francesas.”
Oliver Flake, conselheiro agrícola da Embaixada dos Estados Unidos, disse que apesar do Brasil ser um concorrente, é importante conhecer o sistema de produção brasileiro. “Temos muitas coisas em comum como, por exemplo, o uso da ciência na regulação da agricultura. Por isso esses encontros são muito importantes para a troca de informações.”
O encontro com os adidos é fruto do Programa de Intercâmbio AgroBrazil, iniciativa da CNA que leva representantes de embaixadas estrangeiras para conhecer a produção agropecuária brasileira e aproximar os produtores rurais dos mercados para onde seus produtos são exportados. Katie Woody, adida da Embaixada dos EUA, colaborou com a organização do encontro e afirmou que outros devem acontecer em breve.
(*) Com informações a CNA