O embaixador francês Michel Miraillet e o diretor da Agência Francesa de Desenvolvimento –AFD, Philippe Orliange, abriram oficialmente a mostra que reúne 28 fotos selecionadas no Arquivo Público do Distrito Federal. Ao todo 15 totens foram instalados na área externa do Museu Nacional e poderão ser visitados até o próximo dia 27 de julho.
A exposição “Brasília: da edificação ao cotidiano” celebra a cooperação França-Brasil. O projeto é fruto de uma parceria entre a Embaixada da França, O Arquivo Público do DF, a Aliança Francesa de Brasília e a Agência Francesa de Desenvolvimento –AFD. A instalação conta a história da construção da capital por meio de fotos únicas e charges da época.
“Certamente não podemos mensurar nos dias atuais o que representou a construção de Brasília 60 anos atrás. Após o Brasil, outros países decidiram criar novas capitais. A urbanização tornou-se, no mundo, um fenômeno quase banal. No entanto, trata-se de um acontecimento de dimensões universais, o qual foi reconhecido, em agosto de 1959, por André Malraux, Ministro de Estado para Assuntos Culturais, enviado a Brasília pelo primeiro presidente da Quinta República francesa, o General De Gaulle”, discursou o embaixador Miraillet .
A construção de Brasília vista sob os aspectos da idealização, da monumentalidade e da ocupação orientaram o fio curatorial de Brasília: da edificação ao cotidiano. “Uma das áreas das prioridades e ações da AFD no Brasil é o ordenamento urbano e, por isso, o link com a cidade de Brasília”, explica Isabela Maia, assistente de comunicação da AFD e uma das curadoras da exposição.
As imagens traçam uma cronologia da concepção da capital federal, inaugurada em 1960 e projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, e estão disponíveis, ao ar livre, na área externa do museu. Há desde registros da missão Cruls, em 1892, até fotografias dos anos 1980, quando a cidade já estava inaugurada e consolidada. “A gente mostra três aspectos da cidade”, avisa Isabela.
O primeiro é a Brasília idealizada, como foi pensada e executada, com destaque para a influência francesa de Le Corbusier na arquitetura de Niemeyer e no urbanismo de Costa. Em seguida, o destaque é para a cidade monumental e, finalmente, suas escalas. A cidade ocupada fica por último, com a presença humana que consolidou a utopia.