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Com a produção de 2016 toda vendida e contratos que somam 376 megawatts, a fabricante de turbinas aeólicas Vestas inaugurou, dia 18 de janeiro, sua primeira fábrica em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. A empresa dinamarquesa, que tem instaladas 53 mil turbinas (20% do total global) em 70 países, aproveita o desempenho de um dos poucos setores que crescem fortemente apesar da crise. A estimativa do setor é ter fechado 2015 com investimentos de R$ 24 bilhões e 59,4 mil empregos (contra 37 mil em 2014).
Na fábrica cearense, a primeira unidade brasileira da Vestas, o investimento foi de R$ 100 milhões e deve gerar 600 vagas. Os equipamentos contratados em 2015 serão financiados pela linha de crédito do Finame Code, do BNDES. Para isso, a empresa obteve a certificação de conteúdo local. Planeja criar no Ceará um polo de treinamento tecnológico, em parceria com o Senai.
Por que Ceará
O Estado foi escolhido por três motivos principais. O primeiro é a proximidade dos principais centros consumidores, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará estão entre os quatro Estados com maior potencial de geração eólica no Brasil, ao lado do Rio Grande do Sul. Maranhão, Piauí, Paraíba e Pernambuco também são produtores, e os aerogeradores respondem por no mínimo 30% da eletricidade produzida no Nordeste, contra 5,8% no total do país. A expectativa do setor é chegar a 10% até 2018, segundo a Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
VENTO VENTANIA, ME LEVE PARA AS BORDAS DO CÉU
Energia eólica tem recorde de inaugurações
*Previsão; fonte: Abeeólica
6,2% é o quanto a eólica representa da matriz elétrica do país
A infraestrutura logística foi outro fator de decisão, principalmente por causa dos portos de Pecém e Mucuripe. Falta um aeroporto de maior capacidade, diz o presidente da empresa, Rogério Zampronha, para quemuma terceira vantagem do Estado é um governo “pró-mercado”. “Não é questão de incentivos discais, que são iguais aos de outras regiões, mas de interesse em receber as empresas e atrair projetos”.
A dinamarquesa está desenvolvendo o novo atlas aeólico do Ceará, estudo que mapeia o perfil do vento (intensidade, previbilidade e altitude) de casa região e permite estimar o potencial de geração de energia e os equipamentos mais adequados.
SEM TRANSMISSÃO
O principal gargalo do setor, ressalta o executivo, continua sendo a transmissão. Só em novembro do ano passado foi colocada e, operação a obra que permitiu escoar a produção de 12 parques eólicos na Bahia. Desde 2012, dezenas de parques já prontos ficaram paralisados no Nordeste por falta de linhas que integrassem a energia gerada ao sistema nacional.
Projetos em construção estão atrasados e, em licitação de transmissão realizada no final de 2015, só 4 dos 12 lotes ofertados foram arrematados. Zampronha defende que o governo priorize a fonte aeólica para cumprir a meta levada à COP 21, de assegurar a participação de 20% de energia renovável na matriz elétrica, além da hidroeletricidade, até 2030.
Fonte: folha.uol.com.br
CRESCIMENTO EÓLICO VAI GERAR 50 MIL EMPREGOS EM 2016
Na contramão de uma economia assombrada pelo desemprego, os empreendimentos de energia eólica devem gerar 50 mil novos empregos em 2016 em toda a cadeia produtiva. No ano passado, esse número foi de 40 mil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
“Temos um estudo que envolve toda a cadeia produtiva e ele mostra que a cada Megawatt (MW) instalado, 15 postos de trabalho são gerados”, afirma a presidente da associação, Élbia Gannoum. O investimento em 2016, segundo a presidente, será de R$ 20 bilhões para a construção de 175 novos parques eólicos que vão gerar mais 3 Gigawatts (GW) de energia.
Hoje, existem 349 parques eólicos no Brasil, sendo 324 em operação, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano passado, foram construídos 111 e, em 2014, 95 parques. “Em 2015, completamos 8,7 GW de potência instalada, exatamente igual à geração (da usina) de Belo Monte”, declara. Fonte: fullenergy
ENERGIA EÓLICA PODE GERAR 35 MIL NOVOS EMPREGOS NO RN ATÉ 2019
O Rio Grande do Norte inicia o ano de 2016 com progressos no setor eólico. Segundo dados do departamento de pesquisas do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), o RN segue na liderança nacional, com 181 parques eólicos, sendo 87 em operação, 29 em construção e 65 contratados.
Os números positivos refletem os avanços que o setor tem alcançado nos últimos anos e que situam o Estado como um dos mais promissores em produção eólica do Brasil. O estado segue na liderança nacional do segmento, com a maior proporção do país de energia eólica na matriz elétrica e existe uma expectativa de geração de 35 mil novos postos de trabalho até 2019.Em dez anos, os investimentos em geração eólica impulsionaram o Rio Grande do Norte a sair da condição de importador para tornar-se exportador de energia.
Graças aos ventos regulares que sopram em quase todo o território potiguar, os municípios que abriram as portas para a instalação de parques eólicos viram sua realidade se transformar drasticamente e passaram a ocupar posições mais altas do ranking estadual de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A atividade econômica gerada pela indústria eólica foi a que mais cresceu no Estado. A cidade de Parazinho, que detém a maior potência eólica instalada do Brasil, conta com 304 aerogeradores, em 21 usinas em funcionamento, com capacidade para gerar 604 MW de energia (capacidade instalada). Entre 2012 e 2014, o município pulou do 80º lugar para a 36ª colocação no ranking estadual de ICMS. E para o próximo período, a previsão é que a arrecadação seja ainda maior.
Somente nos últimos cinco anos, o setor movimentou entre R$ 3 bi e R$ 4 bilhões em compras diretas e receita local para a instalação de novos parques. Considerando-se o total de investimentos diretos com equipamentos, materiais, serviços e mão de obra durante o período, o valor ultrapassa os R$ 10 bilhões.
Atualmente, o RN tem a maior capacidade instalada de energia gerada por parques eólicos e, por consequência, a maior quantidade de turbinas eólicas em atividade. Somando-se todos os empreendimentos já em funcionamento, são aproximadamente 2,4 GW de energia produzida. Este montante coloca o estado como detentor da maior matriz eólica em operação no Brasil.
Fonte: oportaln10.com.br
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