Acidente com o Boeing 737 MAX 8, em março passado, deixou 157 pessoas mortas
Notícias ao Minuto Brasil
MUNDO INVESTIGAÇÃO
O avião Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines que caiu no início de março passado, matando todos os 157 passageiros a bordo, sofreu danos num sensor pouco depois de levantar voo, provavelmente causados por uma ave ou um objeto estranho, dizem fontes próximas da investigação ao ABC News.
Os danos causados a este sensor específico, no “ângulo de ataque” do avião, originaram a transmissão de dados errados, o que levou à ativação do sistema antiparagem do aparelho. Este sistema automático, desenhado para impedir o avião de parar, forçou o nariz do avião para baixo, o que culminou na queda.
Vale lembrar que o Wall Street Journal já tinha avançado com esta mesma informação, no fim do mês passado, indicando que o relatório preliminar apontava para a ativação automática do sistema de controle de voo.
A ABC News apurou, com fontes da aviação, que os pilotos tentaram subir o nariz do avião manualmente, mas sem sucesso. O sistema antiparagem voltava a ativar-se, fazendo com que os pilotos perdessem o controle da aeronave.
A Boeing, por sua vez, emitiu um comunicado, nesta quarta-feira (4), onde pede “cautela” com “especulação e determinação de conclusões” antes da divulgação “dos dados de voo e do relatório preliminar”. As conclusões preliminares da investigação serão anunciadas pelas autoridades da Etiópia nesta quinta-feira (5).
O Boeing 737 MAX 8 com destino a Nairobi caiu seis minutos depois de ter levantado voo de Adis Abeba, com 157 pessoas a bordo – 149 passageiros e oito tripulantes.
Este é o segundo acidente envolvendo um Boeing 737 MAX. O primeiro ocorreu ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de dezembro, e resultou também na morte de todos os ocupantes.