Os dois países iniciam uma nova rodada de negociações para superar as tensões que afetam a economia mundial
Por France Presse
Estados Unidos e China iniciam nesta quinta-feira (28) uma nova rodada de negociações, em um novo esforço para superar as tensões comerciais que afetam a economia mundial.
O representante americano do Comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, devem retomar as conversações, as primeiras desde que a China adotou medidas internas que foram interpretadas como um gesto de apoio ao esforço bilateral.
Embora o presidente americano Donald Trump tenha expressado recentemente a esperança de conseguir assinar em breve um acordo com o colega chinês Xi Jinping, as negociações se arrastam, sem chegar aos temas substanciais do desentendimento.
Por este motivo, Lighthizer reduziu as expectativas antes do encontro em Pequim, que terá na sequência novas conversações em abril em Washington. “Se houver um grande acordo para assinar, nós faremos isso. Em caso contrário, vamos procurar outro plano “, disse durante a semana.
Tensão comercial
Os dois gigantes econômicos adotaram em 2018 reciprocamente tarifas de importação que alcançam bilhões de dólares, um duelo que afetou a indústria e a agricultura dos dois países, com efeitos colaterais para diversas outras economias.
Trump deu a entender que as tarifas adotadas por Washington poderiam ser mantidas mesmo no caso de um acordo, para verificar se a China cumpre com sua parte. Pequim, no entanto, aprovou medidas para atender as reclamações americanas.
No início de março, o Parlamento chinês aprovou uma lei que protege as empresas estrangeiras da necessidade de transferir tecnologia, uma das principais queixas do governo dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang reiterou nesta quinta-feira o compromisso de aumentar as sanções aos que violam a propriedade intelectual, um tema central na disputa com Washington.