Pompeo disse que “a intrusão persistente de pessoal militar russo para apoiar o regime ilegítimo de Maduro na Venezuela poderá prolongar o sofrimento do povo venezuelano”
Notícias ao Minuto Brasil
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, alertou nesta segunda-feira (25) o homólogo russo que os Estados Unidos não ficarão “de braços cruzados” se a Rússia continuar “exacerbando as tensões na Venezuela”.
“O secretário de Estado disse ao ministro russo dos Negócios Estrangeiros, [Sergei] Lavrov, que nem os Estados Unidos nem os países da região ficarão de braços cruzados enquanto a Rússia exacerba as tensões na Venezuela”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Robert Palladino, em um comunicado emitido após uma conversa telefônica entre os dois governantes.
Durante a chamada, Pompeo disse a Lavrov que “a intrusão persistente de pessoal militar russo para apoiar o regime ilegítimo de Nicolás Maduro na Venezuela poderá prolongar o sofrimento do povo venezuelano, que apoia de maneira esmagadora o presidente interino Juan Guaidó”, reconhecido pelos EUA e por mais de 50 outros países, acrescenta o comunicado.
Pompeo “apelou à Rússia que pare o seu comportamento não construtivo e que se junte às outras nações, entre as quais a maioria esmagadora dos países do ocidente, que querem um futuro melhor para o povo venezuelano”.
Dois aviões militares russos aterrissaram no domingo no aeroporto internacional de Maiquetía, o principal da Venezuela e que serve Caracas, informaram meios de comunicação social locais e um legislador opositor.
Segundo o diário El Nacional, quase uma centena de militares russos chegaram ao país, com 35 toneladas de material não especificado, sob o comando do major general Vasilly Tonkoshkurov.
O motivo da visita não foi revelado, mas Caracas e Moscou tinham anunciado em dezembro que ativariam grupos de trabalho conjuntos para elevar a capacidade de defesa da Venezuela perante eventuais ataques.
A Rússia é um dos principais aliados do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enquanto os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela após a sua autoproclamação no dia 23 de janeiro.
Cerca de 50 países, incluindo a maioria dos países da União Europeia, seguiram a decisão norte-americana e reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela encarregado de organizar eleições livres e transparentes naquele país.